Vasco Cordeiro apresentou o Programa Eleitoral com que o PS/Açores se apresenta às eleições do próximo dia 25 de outubro, um Programa que assume como prioridades a “defesa da Saúde”, a “defesa da Economia e do Emprego” e a promoção da “Coesão Social”. O Presidente do PS/Açores reconhece que este é um programa “ambicioso” e “exigente”, mas também assegura que é um compromisso que “garante resultados”.
Para o Presidente do PS/Açores, que falava este sábado na ilha Terceira, “não se pode delinear o futuro da Região se esquecermos os últimos dez meses deste ano, se esquecermos o impacto que esta pandemia teve nas nossas prioridades, nas nossas estratégias e nas medidas que entendemos adequadas para o desenvolvimento futuro da nossa Região (…) Ignorá-lo é ignorar a dimensão dos desafios que os Açores têm à sua frente”.
Vasco Cordeiro apresentou um conjunto de propostas no setor da Saúde para “defender a saúde dos Açorianos”, quer “no contexto de pandemia”, quer “para além do contexto de pandemia”. Apesar do trabalho que já foi feito e que permitiu reforçar os recursos humanos e aumentar a produtividade, para o PS “isso não basta”, daí o conjunto de medidas que se propõe concretizar.
A criação do “Hospital Digital”, uma das medidas apresentadas, funcionará como uma espécie de “hospital único”, em que para além da “digitalização” de processos e de procedimentos, o recurso às novas tecnologias vai permitir “maior fluidez de informação”, “mais rapidez no acesso” e maior “satisfação da necessidade de prestação de cuidados de saúde”.
Vasco Cordeiro anunciou também a criação de “mecanismos que incentivem a fixação de profissionais de saúde na nossa Região”, de medidas para os doentes crónicos e de aumento da “produtividade nos serviços”. Os cuidados primários de saúde e a saúde mental vão também ter respostas que garantam uma melhoria dos resultados.
“Defender a economia e defender o emprego”
Apesar dos bons resultados que já foram alcançados, por exemplo, no combate ao desemprego – “a taxa de desemprego na Região é a terceira mais baixa do país” e “a taxa de desemprego jovem está abaixo da taxa nacional” – o Partido Socialista assume, também, como prioridade a defesa da economia e do emprego nos Açores.
Vasco Cordeiro defende “o reforço da qualificação dos trabalhadores” e, apesar “de todas as medidas que já foram tomadas, ao longo deste tempo, e que ajudaram à resistência e à solidez das empresas Açorianas”, considera que é preciso “ir mais longe”, porque as atuais circunstâncias, põem à prova as economias de todo o mundo.
A recapitalização das empresas, quer “através de mecanismos que favoreçam a liquidez das empresas”, quer “através de mecanismos que ajudem as empresas a reorientar os seus processos produtivos” e o “potencial de crescimento de empresas e de setores de atividades”, foram alguns dos aspetos referidos na apresentação do programa eleitoral do PS/Açores.
O líder socialista quer “reforçar e incentivar a capacidade das empresas açorianas”, tanto das empresas de setores mais tradicionais como das ditas de vanguarda e defende o “apoio à economia em cada uma das ilhas”. Entre as medidas propostas, pode destacar-se, por exemplo, a “criação de plataformas logísticas em diversas ilhas da nossa região”, para facilitar as exportações e diminuir os custos de produção.
Para os setores que “alicerçam” a economia dos Açores - a Agricultura, as Pescas e o Turismo - Vasco Cordeiro garante soluções para “facilitar processos e circuitos”, que permitam “melhorar a competitividade” e “melhorar o rendimento”. No programa eleitoral do PS/Açores estão também contempladas iniciativas paras outras áreas – das Novas Tecnologias, do Espaço e do Mar, “que devem favorecer a criação de emprego qualificado, criar riqueza e criar desenvolvimento”.
Coesão Social
Vasco Cordeiro identificou como “alicerce” deste programa eleitoral “a Coesão Social”, que “passa desde logo pelo combate determinado, a fenómenos como a pobreza”, pela aposta na Educação, nas respostas sociais para crianças, idosos e cidadãos portadores de deficiência, e pelo combate à desertificação.
No caso da Educação, o Presidente do PS/Açores considera que a taxa de pré-escolarização, “que nos cinco anos é a maior do País (100%), deve ser alargada: “É por isso que a criação, nos próximos quatro anos, de mais 600 vagas nesse domínio se assume como fundamental, porque aí daremos resposta a este objetivo em taxas de pré-escolarização quer nos três, quer nos quatro anos”.
“Mas não nos podemos ficar por aqui”, adiantou o Presidente do PS/Açores, referindo “a criação de creches familiares” e a “diminuição dos custos das famílias” com as creches e jardins de infância, para além dos descontos e das isenções que já existem para algumas famílias com menos rendimentos ou com mais filhos.
Vasco Cordeiro defendeu, ainda no setor da Educação, que a pandemia veio demonstrar a importância de “generalizar massivamente a digitalização do sistema educativo”, mas esclareceu que não se trata apenas de “dar computadores”, mas sim de “fomentar a literacia digital” de professores, alunos e famílias, referindo a importância de alargar projetos como, por exemplo, “o Atelier do Código”.
Em relação aos idosos e cidadãos portadores de deficiência, o Presidente do PS/Açores adiantou que, para além dos investimentos para aumentar o número de vagas em instituições, o Partido Socialista dos Açores tem propostas para garantir “melhores condições” e “maior autonomia” destes públicos-alvo, defendendo que se vai “aprofundar a perspetiva global, integrada, de uma intervenção pública ou em parceria com o setor social e cooperativo”.
“Mais do que o programa eleitoral do Partido Socialista”, disse Vasco Cordeiro, este programa é: “o espelho da ambição de centenas e centenas de Açorianos, que connosco colaboraram na sua elaboração, apresentando ideias, apresentando soluções, apontando aspetos em que precisávamos de melhorar – é por isso que este programa é construído de fora para dentro (…) O PS dá corpo e dá plataforma a propostas ambiciosas, inconformistas e exigentes para o nosso futuro coletivo”.