O líder socialista destacou que é necessário garantir “estabilidade” e “segurança” para o futuro dos Açores: “Se há conjuntura em que a necessidade de estabilidade e de segurança é, particularmente, evidente, é essa conjuntura em que nós estamos – e acho que esse é um dos aspetos que também deve em conta no processo de decisão dos Açorianos nas próximas eleições”. O presidente Vasco Cordeiro respondia aos jornalistas, este sábado de manhã, na Uniqueijo – União de Cooperativas Agrícolas de Laticínios de São.
Questionado sobre as reações de outros partidos quanto a possíveis resultados eleitorais, respondeu: “Nós já assistimos a praticamente todos os partidos, aqui na Região, que são candidatos às eleições a dizerem que querem ir para o Governo, que não viabilizam um governo do PS, que vão repartir de um lado, que vão repartir do outro, que querem a sua parte (…) não houve foi, até hoje, um partido que dissesse assim: se o resultado das eleições for, porventura, uma maioria relativa do Partido Socialista, nós respeitamos a vontade do povo”.
Para Vasco Cordeiro “o que o povo decidir está bem decidido”, mas é preciso ter presente que “nesta conjuntura que nós vivemos, com os desafios que temos – da pandemia, mas também daquilo que são os efeitos económicos e sociais da mesma”, é necessário garantir “estabilidade” e “segurança” na governação.
O candidato do PS/Açores à presidência do governo pediu aos partidos da oposição que não tenham medo do confronto de ideias: “Esse tipo de postura de se colocar como que à parte do debate político não é democracia, não é o esclarecimento”. O Presidente do PS/Açores, respondia aos jornalistas sobre algumas queixas do PSD.
“Não há que ter medo de sujeitar as propostas ao debate, ao dissecar de cada uma delas e talvez seja por isso que tive oportunidade de evidenciar algumas contradições”, respondeu o Presidente do PS/Açores, este sábado de manhã, quando questionado pelos jornalistas sobre declarações recentes do candidato do PSD. Vasco Cordeiro considerou importante que, “em campanha eleitoral” se debatam, “com respeito, com objetividade e com rigor”, propostas e medidas para o futuro dos Açores
“Evidenciei algumas contradições da parte do PSD que me parecem negativas”, explicou o Presidente do PS/Açores, referindo-se a uma das propostas apresentadas pela oposição: “Defender a desgovernamentalização ao mesmo tempo que se propõe a constituição de 18 novas entidades na nossa Região, é uma contradição. Acho que não faz sentido e que demonstra bem a fragilidade daquilo que é o projeto do PSD”.
Ainda sobre a troca de argumentos, ocorrida durante um debate televisivo, Vasco Cordeiro condenou a “impreparação, a falta de conhecimento, o pouco cuidado na análise e, sobretudo, o pouco cuidado na apresentação de propostas”, como aconteceu com as tarifas aéreas. O PSD “começou por propor na questão das tarifas aéreas uma tarifa promocional, depois já não é uma tarifa promocional, é uma tarifa única...”
O líder socialista esclareceu que “a tarifa é uma das componentes do preço de uma passagem e a isso acrescem taxas” e avisou que a proposta de José Manuel Bolieiro, “levaria a que, por exemplo, os passageiros de Santa Maria e das Flores pagassem uma passagem mais cara do que aquela que pagam hoje em dia”. Mas, acrescentou, “isso não é um ataque, isso é discutir propostas, no fundo, evidenciar aquilo que nos parece ser uma proposta que não é positiva”.
Também em resposta aos jornalistas sobre a presença de líderes nacionais na campanha regional, Vasco Cordeiro afirmou: “Oxalá que todos os partidos que estão nestas eleições regionais tivessem um líder nacional que fizesse tanto pelos Açores como faz o Dr. António Costa”.
Por último, confrontado com as críticas da oposição sobre a presença do tema da COVID na campanha eleitoral, Vasco Cordeiro respondeu: “Quem me dera a mim que não tivesse que falar na Covid, quem me dera a mim”.