Lara Martinho, deputada do Partido Socialista dos Açores à Assembleia da República, manifestou, durante a audição ao Ministro das Infraestruturas e Habitação, que a sua preocupação no âmbito do Plano de Reestruturação da TAP é referente ao impacto que terá no serviço que é prestado aos Açores, defendendo, na ocasião, que a estratégia nacional para a companhia tem de salvaguardar “uma oferta efetiva e robusta para as Regiões Autónomas”.
“A TAP é um importante ativo nacional. E para uma região como os Açores, cuja continuidade territorial depende exclusivamente do transporte aéreo, tem uma importância reforçada”, afirmou a deputada socialista, sublinhando ainda que esta reestruturação não pode significar “uma redução das rotas para os Açores”.
Para a vice-presidente do GPPS, é fundamental que a TAP continue a voar para as ilhas que já voa, mantendo desta forma as rotas existentes e garantindo, por esta via, a coesão territorial.
Defendendo que duas companhias aéreas nacionais não devem concorrer entre si, mas sim cooperar, Lara Martinho referiu ainda a necessidade de se aprofundar a parceria entre ambas, devendo este ser, na sua opinião, “um desígnio da futura estratégia da TAP”.
Nesse sentido, a parlamentar socialista questionou o Ministro das Infraestruturas e Habitação sobre como irá a TAP “continuar a salvaguardar os interesses de todos os portugueses, incluindo os das Regiões Autónomas”, perguntando igualmente quanto à forma como o Plano de Reestruturação irá salvaguardar estes dois desígnios.
Em resposta, o Ministro Pedro Nuno Santos assegurou ser fundamental “que a SATA e a TAP possam cooperar e coordenar as suas operações”, admitindo ser este “um dos nossos objetivos”.