A direção do Grupo Parlamentar do PS/Açores repudia os ataques pessoais que o deputado do PPM proferiu recentemente e exorta o Governo dos Açores a encontrar resposta para o problema da falta de combustível e de abastecimento da ilha do Corvo, que já obrigou ao corte da iluminação pública e à suspensão do abastecimento na única bomba de combustível disponível na ilha.
O GPPS/Açores sempre assumiu que com a destruição do Porto das Lajes das Flores, na sequência da passagem do Furacão Lorenzo, todo o circuito logístico no Grupo Ocidental foi alterado e sofreu fortes constrangimentos. O GPPS/Açores sempre explicou – mesmo perante as críticas mais intransigentes – que o abastecimento da ilha do Corvo se agravava nos períodos de mau tempo.
No entanto, importa recordar que foi o deputado Paulo Estevão quem assegurou aos Corvinos ter uma solução imediata para este problema, mas, como se vê, ainda nada foi concretizado. Foi o deputado do PPM que, fazendo por ignorar as consequências da destruição do Porto das Lajes das Flores e o estado do mar no período de inverno, prometeu que iria fretar um navio capaz de operar em condições extremas.
O GPPS/Açores está solidário para com quem tem de enfrentar as dificuldades inerentes a esta situação tão exigente, que implica garantir o abastecimento marítimo em condições atmosféricas bastante adversas. O recurso ao transporte aéreo, que agora é tão elogiado, é o mesmo que há poucos meses dizia ser insuficiente e servir apenas para enganar os Corvinos.
O GPPS insiste na importância de se encontrarem respostas mais urgentes para esta situação, esperando que o novo Governo dos Açores não se limite a subscrever as vãs promessas do deputado do PPM em relação à construção de um novo porto. Essa hipotética construção, assim como a demissão de nomeados pelo anterior governo ou de projetos como as energias renováveis não resolvem o problema imediato de abastecimento à ilha do Corvo.
O GPPS até compreende a necessidade eleitoralista do deputado do PPM manter o discurso intransigente em relação ao Governo do Partido Socialista, mas dos novos governantes, exige-se outra responsabilidade e capacidade de intervenção, que não se fique por uma perseguição ao passado, mas sim por respostas concretas.
As soluções que o deputado do PPM agora elogia não servem os interesses dos Corvinos já que a energia teve que ser racionada, coisa que felizmente não tinha acontecido antes. Com o governo que o deputado do PPM tanto critica, nunca foi necessário recorrer à força aérea para fazer transporte de combustível, nem nunca o Corvo ficou às escuras, por mais que isso o incomode.
É lamentável que o deputado que prometeu resolver tudo, agora se refugie no pouco tempo de governo, como forma de desculpar falhas inéditas que têm acontecido. Aliás, a grande medida que parece ter tomado sobre esta matéria, além de uma nota pública onde diz ter tudo controlado e que não faltaria energia, foi anunciar com pompa e circunstância uma interpelação ao Governo, ao seu Governo, não percebendo que isso nada resolve.
Os Corvinos já perceberam que enquanto porta-voz do novo executivo, Paulo Estevão não tem acrescentado objetividade nenhuma ao assunto e a sua tão gritada capacidade de resolução de problemas não passou até agora de uma encenada interpelação ao governo, agendada para o final do mês.