Os deputados do GPPS/Açores defendem que é importante “em nome da segurança e saúde pública” que existam “dados e informação correta, clara e transparente, que permitam acompanhar a evolução da situação epidemiológica na Região”, nomeadamente em relação a Alterações de estratégia na contenção das cadeias de transmissão, demora na implementação de teste para quem viaje de São Miguel para a Terceira, definição das cercas sanitárias, capacidade de internamento e índice de transmissibilidade.
Os deputados socialistas manifestaram a sua preocupação relativamente “à incoerência de procedimentos e medidas anunciadas e implementadas pelo Governo Regional dos Açores no que concerne ao combate à Pandemia provocada pela COVID-19” e acompanham as “questões colocadas pela população, bem como as posições assumidas pelos autarcas, nomeadamente, dos concelhos da ilha de São Miguel mais fustigados pela ocorrência crescente de casos positivos”.
Nesse sentido, consideram necessário saber “por que razão se deixou de realizar, a partir de 10 de janeiro, a investigação epidemiológica para identificar e procurar quebrar cadeias de transmissão, sobretudo na ilha Terceira quando esta última registava uma tendência decrescente no que concerne à evolução do número de casos positivos ativos?” e, porque se verifica uma demora “na implementação da realização de teste de despiste ao vírus SARS-CoV-2 a quem viaje de São Miguel para a Terceira?”.
Outra das situações que importa ser esclarecida pelo executivo açoriano diz respeito aos critérios para implementação das cercas sanitárias, já que “na vila de Rabo de Peixe, quando o concelho da Ribeira Grande apresentava cerca de 300 casos de COVID-19 por 100 mil habitantes”, foi implementada cerca, mas o mesmo não aconteceu em Vila Franca do Campo.
“Por que razão o GRA não tomou medida alguma no Concelho de Vila Franca do Campo, apesar do apelo da autarquia e da iniciativa da autarquia, quando este concelho, a partir de 12 de dezembro, passou a registar igualmente mais de 300 casos por 100 mil habitantes? Ainda para mais quando a tendência do número de casos ativos neste concelho era crescente no mês de dezembro?”
Para o Grupo Parlamentar do PS/Açores importa também clarificar os dados referentes à capacidade de internamento nos Hospitais da Região, “para doentes COVID-19 menos graves e doentes críticos”, já que se regista um agravamento da situação epidemiológica, nomeadamente, na ilha de São Miguel” e tendo em conta “a enorme pressão a que o HDES está sujeito atualmente, com sete utentes internados em UCI”.
Do requerimento entregue na Assembleia dos Açores, na sequência das questões que não foram esclarecidas pelo Secretário da Saúde e Desporto em sede de audição da Comissão de Assuntos Sociais, consta também um pedido de esclarecimento relativo ao índice de transmissibilidade: “Considerando que na audição de 22.12.2020 nos foi transmitido que o índice de transmissibilidade na RAA estava a aumentar até aos últimos dados que reportavam a 12.12.2020, comprovando e justificando a urgência da audição que o GPPS solicitou ao Sr. Secretário Regional da Saúde de Desporto, questiona-se, qual o índice de transmissibilidade na RAA à data de hoje?”.