“O investimento nos cursos profissionais é uma aposta ganha e deve manter-se como prioridade estratégica regional”, defendeu Vílson Ponte Gomes, depois de uma reunião com a Direção da Escola de Novas Tecnologias dos Açores. O deputado do PS/Açores destacou o “relevante contributo” que as escolas profissionais dão para a “qualificação de jovens em áreas prioritárias do desenvolvimento regional”.
“Durante o encontro foi analisada “a atual situação destas instituições de ensino que enfrentam novos desafios, face às implicações decorrentes da pandemia, nomeadamente em termos do seu funcionamento e organização do processo pedagógico”. O parlamentar destacou “o contributo das escolas profissionais nos Açores na resposta às consequências da pandemia e para o aumento dos níveis de qualificação e emprego”.
Em relação ao futuro, adiantou Vílson Ponte Gomes, “é preciso acompanhar a operacionalização do próximo período de programação dos fundos europeus, que sempre se revelaram imprescindíveis no desenvolvimento dos cursos profissionais e de outras ofertas educativas e formativas”. É, também, importante que “o novo regulamento para o próximo quadro comunitário contemple novas soluções flexíveis de formação à distância, E-learning ou B-learning, a serem integradas nos percursos de formação de jovens”.
Para Vílson Ponte Gomes “é necessário que a nova configuração das verbas do próximo período de programação, não penalize as escolas pelas desistências de alunos até aos 18 anos de idade, por motivos que não lhes possam ser imputáveis e que se tenha um aumento das tabelas de custos unitários por turma”.
Outro dos desafios identificados passa por encarar a formação destas escolas como uma qualificação “para o longo prazo, em áreas de ponta, tendo obviamente em conta os desafios da sociedade e da economia digital em que nos encontramos”. O deputado manifestou preocupação quanto ao “futuro recrutamento para as escolas profissionais” e defendeu a necessidade de “refletir sobre as formas de responder às necessidades do tecido económico e social e aos aceleramentos da evolução tecnológica”.
O deputado do PS/Açores considera que a formação profissional deve “estar mais orientada para o mercado futuro e não apenas para o emprego imediato”.