“Mais uma vez o Navio Malena falhou os prazos previstos para o abastecimento à ilha das Flores, provocando constrangimentos para os comerciantes e empresários, agravando as despesas de transporte e descarga”, denunciou José Gabriel Eduardo. O deputado do PS/Açores eleito pela ilha das Flores pede, por isso, explicações ao Governo Regional sobre as razões que ditaram esta decisão já que, desta vez, o problema não resultou das condições atmosféricas.
José Gabriel Eduardo adiantou que “a chegada do navio Malena estava prevista para o dia 26 de fevereiro, mas, sem justificação aparente o navio ao chegar junto a São Roque do Pico interrompeu a sua viagem, atrasando desta forma a chegada às Flores”, implicando “atrasos na operação de descarga”.
Mais, acrescenta o deputado do PS/Açores, o atraso “provocou constrangimentos aos comerciantes e empresários das Flores que mais uma vez tiveram que suportar os inconvenientes provocados pela vontade de alguém que se terá ingerido no normal funcionamento da operação marítima, provocando danos na normal atividade e no comércio da ilha das Flores”.
Como explicou o José Gabriel Eduardo, nessa mesma altura, “o Ponta da Barca saiu do Porto da Horta e durante a noite realizou a viagem até ao Corvo com as mesmas condições de mar, o que confirma que os motivos de instabilidade marítima não podem nem devem ser aduzidos para a paragem do navio Malena”.
O deputado do PS/Açores realça que “a viagem e a operação que se previa com a duração de um dia, foi prolongada por três dias, o que implicou despesas de três dias de pagamento de estiva, três dias de pagamento de pilotagem e três dias de pagamento de amarração”.
José Gabriel Eduardo teme que “mais uma vez a ilha das Flores tenha sido deixada, por este Governo, para segundo plano, pela decisão de ter sido atrasada a sua chegada ao Porto das Lajes das Flores prejudicando uma vez mais os florentinos”.
Para garantir o cabal esclarecimento dos motivos que ditaram a alteração na viagem, o deputado eleito pela ilha das Flores entregou um requerimento a pedir informações, considerando que “as interferências do poder político não podem voltar a acontecer, sob o risco de se criar um clima de incerteza e o sentimento que os Florentinos são Açorianos de terceira”.