“Não temos a mais pequena dúvida: a tourada à corda é uma das mais extraordinárias manifestações culturais e sociais da nossa terra e deve, por isso, ser protegida e defendida”, afirmou Berto Messias, na sequência de um voto de protesto apresentado pelo PAN, no Parlamento açoriano, pela classificação como tradicional de uma tourada à corda na Fajã do Ficher, na Freguesia da Feteira, na Ilha Terceira. O deputado do PS/Açores lamentou o “desconhecimento” e “ignorância” revelados quanto a esta matéria e defendeu que mais do que críticas, os responsáveis do PAN deveriam estar preocupados “em apoiar as pessoas e entidades que se dedicam à preservação do toiro bravo, com grande esforço físico e com grande esforço financeiro, a apoiar, a defender e a preservar estes animais em condições de sustentabilidade, de bem-estar animal, num contexto muitas vezes difícil e adverso.
“O voto de protesto apresentado é ignorante e desconhecedor e mostra que o PAN desconhece a realidade das ganadarias dos Açores. Fica aqui o convite para visitar essas ganadarias e ver o trabalho que lá é desenvolvido, de apoio e de proteção destes animais e desta atividade”, disse Berto Messias.
O Deputado do Partido Socialista Açores realçou a importância de todos homenagearam “os nossos ganadeiros, pastores e todos os que se dedicam a esta atividade, bem como todos aqueles que desenvolvem atividades económicas nas touradas à corda, que atravessam grandes dificuldades, tendo em conta que a época das touradas à corda 2020 foi suspensa devido à pandemia e a época de 2021 tem grandes indefinições tendo em conta a evolução da pandemia. Era com estes e com isto que o PAN devia estar preocupado”.
Berto Messias disse ainda que o PAN mostra não conhecer as regras do licenciamento e classificação das touradas à corda, confundindo conceitos e processos de classificação. “O que está em causa é a classificação de uma tourada como tradicional pela Assembleia Municipal de Angra do Heroísmo, no cumprimento da Lei que confere esta prerrogativa às Assembleias Municipais, cumpridos um conjunto de requisitos como a ligação de essa tourada a festividades locais ou a sua realização ininterrupta por 15 anos”.
“A Assembleia Municipal, e bem, cumpriu a lei, se o PAN discorda, ao invés de apresentar um voto de protesto, podia ter apresentado uma proposta de alteração à Lei”, disse Berto Messias.