O Partido Socialista do Faial criticou, esta sexta-feira, a falta de resposta do Governo Regional em questões relacionadas com as acessibilidades aéreas à ilha, para responsabilizar o Presidente do executivo “pelo seu silêncio e cumplicidade com este estado de coisas”.
Para os socialistas, a recente polémica em torno dos cancelamentos dos voos Lisboa/Horta/Lisboa nos meses de janeiro, fevereiro e março do presente ano, é um bom exemplo dessa falta de resposta, sendo que toda esta situação, “que desvaloriza o Aeroporto da Horta, enquanto porta de entrada na Região, mas também a economia Faialense, continua sem solução”.
“O Governo Regional fundamenta o cancelamento destas ligações com a justificação de se registar uma baixa procura, mas, na verdade, continua sem divulgar dados que comprovem as taxas de ocupação, o preço médio de bilhete praticado e as contas dos alegados défices”, referem os socialistas, para acrescentar que de igual forma, também ninguém conhece “o relatório da Comissão Europeia que fundamenta tudo isto”.
Mas a par disso, prossegue ainda o PS/Faial, “também o plano de reestruturação da SATA continua escondido, bem como a proposta apresentada para alteração das Obrigações de Serviço Público (OSP), em vigor desde 2015, que agora alegadamente não são boas”.
Já em relação às rotas para o Faial, Pico e Santa Maria, o PS/Faial considera que este Governo Regional “está a deixar o assunto andar silenciosamente quando devia estar a trabalhar em soluções para salvaguardar o futuro das ligações diretas do Faial com o exterior, sobretudo após terem vindo a público, em véspera da eleição para a Assembleia da República, com uma notícia ‘fabricada’ sobre as OSP, lançar o caos entre os Açorianos”.
Ainda em matéria de acessibilidades aéreas, o PS/Faial destacou que o anúncio dos dez voos semanais entre o continente português e a Horta, conforme programado para a época alta, não satisfaz os socialistas, mantendo assim uma coerência com as posições que sempre defendeu.
No entanto, não deixam de manifestar a sua admiração “com a postura de conformação por parte de muitos que criticaram no passado este mesmo número de voos, nos meses de julho e agosto, nomeadamente o PSD Faial, na altura pela voz do atual presidente da Câmara, para além de outros intervenientes”.