O Partido Socialista do Faial considerou, esta terça-feira, que o desenvolvimento da Região, como assim se esperava após dois anos de pandemia, está a retroceder a cada dia que passa, criticando desta forma que, em função dos interesses partidários individuais de uma coligação, se esteja a contribuir para uma menor coesão e estabilidade da Região.
“Temos vindo a assistir a uma degradação extrema do serviço público, bem como da gestão da Região, consequência do caos instalado por esta Coligação, que, de forma alguma, estava preparada para assumir a liderança do nosso povo”, referem os socialistas, para destacar que os Açorianos mereciam “maior respeito da parte deste governo de coligação”.
Já em relação ao Faial, e destacando desde logo o comprometimento das acessibilidades marítimas à ilha, “numa clara falta de entendimento e consideração pelos trabalhadores”, os manifestam preocupação com a consecutiva demissão dos administradores da Atlânticoline.
Mas para o PS/Faial, a significativa redução das ligações aéreas entre algumas ilhas e o continente e o fim dos encaminhamentos gratuitos para passageiros não residentes, irá traduzir-se “numa quebra substancial de passageiros desembarcados no Aeroporto da Horta”, mas também “uma redução da atividade económica por via do setor turístico”, criticando o Presidente deste governo “pelo seu silêncio e cumplicidade com este estado de coisas”.
Mas em relação ao Faial, conforme recordam os socialistas, desde o início deste Governo de coligação que se antevia que a ilha iria ser prejudicada, desde logo com o anúncio da extinção da AZORINA, S.A. A recentemente redução do horário de funcionamento destes centros durante os meses de março e abril de 2022, passando a ter dois dias de encerramento ao público, que tal como já demonstrado pela Associação de Turismo Sustentável do Faial, “constitui um desinvestimento e uma depreciação clara do destino Açores durante a época baixa, contrariando o princípio da luta contra a sazonalidade.”
“Todas estas ações afetam não só o prestígio do destino Açores, bem como a economia direta e indiretamente ligada ao setor turístico. Menos oferta resulta em menos receitas, menos emprego, menos investimento na formação neste setor, e tudo isto enquanto as empresas ainda nem recuperaram dos efeitos da pandemia Covid”, referem os socialistas, para mencionar que o “poder não traz consigo apenas cargos políticos e protagonismo, mas sim uma grande responsabilidade, que deveria ter sido respeitada e ponderada”.