O deputado do PS, eleito pela ilha branca, Manuel José Ramos, após reunir, esta terça-feira, com a Direção da Associação dos Agricultores da Graciosa, e no dia anterior com Adega Cooperativa da ilha Graciosa, acusou o Governo Regional de “não estar a contribuir para atingir os objetivos agrícolas, estabelecidos para a ilha Graciosa”.
Manuel José Ramos alertou para duas questões “fundamentais”, designadamente o “aumento descontrolado dos custos dos combustíveis e dos fertilizantes'', que têm afetado as explorações Graciosense, bem como para a quebra de produção de produtos hortícolas na ilha Graciosa, devido a algumas intempéries que se têm vindo a sentir, e que afetaram, essencialmente, as produções de meloa e de uva, neste último caso “com quebras que ascendem aos 75%, com efeitos evidentes no volume de produção de vinho”, salientando que “da parte do Governo não chegou um único cêntimo aos bolsos dos agricultores Graciosenses, para compensar as perdas das últimas intempéries”.
Foi ainda recordado pelo deputado do PS que a implementação do programa VITIS, pelos anteriores Governos suportados pelo PS, foi “fulcral para aumentar a área vitivinícola” e defendeu a “urgência de implementar seguros para as colheitas agrícolas”, para que os nossos produtores “não fiquem desprotegidos nas intempéries”.
Ainda neste âmbito, o deputado socialista realçou os investimentos feitos no matadouro da ilha Graciosa pelos anteriores Governos da responsabilidade do PS, concluindo que estes vieram a “afirmar-se como uma mais-valia na fileira da carne” que, infelizmente – e por má decisão deste Governo da direita – esbarra no “problema da falta de frequência e previsibilidade dos transportes marítimos de cargas”
Por outro lado, o socialista salientou que “nas outras ilhas estejam a ser inauguradas infraestruturas de apoio à atividade agrícola e na Graciosa apenas se vão conhecendo intenções de projetos”, lamentando que o Governo esteja a “deixar a Graciosa para trás”, defendendo que o Governo se “chegue à frente para apoiar a diversificação agrícola na Graciosa, não apenas com apoio monetário, mas também com ajudas técnicas”, devido à sua “importância para a notoriedade e para a economia da ilha”.
Manuel José Ramos sublinhou, ainda, a “acentuada quebra que a Graciosa está a ter no turismo devido às alterações que este Governo fez nos transportes marítimos”, considerando que esse é também um fator que “prejudica, de certa forma, o escoamento do vinho e dos restantes produtos agrícolas”.
“Há muito a fazer, ainda, para se atingirem os objetivos de produção agrícola da ilha Graciosa e este Governo não está a ser proativo. Anteriormente havia uma maior proximidade aos produtores e às associações de produtores, um acompanhamento mais presente e preocupado, que fazia toda a diferença”, sublinhou o deputado do PS eleito pela ilha Graciosa, Manuel José Ramos.