Patrícia Miranda lamentou, esta sexta-feira, que o Governo Regional, através do Secretário Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, Alonso Miguel, continue “sem esclarecer os contornos do projeto de requalificação da mata da Lagoa do Congro”, preferindo, ao invés “atacar o PS”.
A deputada reagia assim às críticas lançadas por Alonso Miguel de que “o PS não pretende esclarecimentos, mas apenas provocar ruído”.
“Estranhamos que o Secretário Regional do Ambiente tenha vindo a público afirmar que a requalificação da mata ajardinada da Lagoa do Congro faz parte do plano de investimentos da Região para 2022, dizendo que esse assunto foi discutido no âmbito da reunião do Conselho Regional do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CRADS) de 20 de junho de 2021, onde terão sido especificadas todas as intervenções a fazer, mas o que se verifica é que não há “qualquer referência ao projeto de requalificação da mata ajardinada da Lagoa do Congro na agenda dessa reunião, antes uma referência ao Projeto da Lagoa do Fogo, o que dá nota do desnorte do Secretário da tutela”.
A deputada do PS lamenta que o secretario confunda “um conjunto de convites feitos à pressa com pedidos de pareceres prévios sobre o projeto às entidades competentes, como por exemplo, à autarquia e às associações ambientais” e exigiu “maior seriedade e rigor ao Governo e a este governante, em concreto”.
Patrícia Miranda sublinhou que “se fosse mesmo a intenção do Secretário Regional esclarecer os Açorianos, já poderia ter respondido a um requerimento submetido pelo GPPS no passado dia 15”, até porque este governante, continuou, “diz ter na sua posse todas as informações sobre este projeto”.
A deputada do PS estranhou que Alonso Miguel tenha dito, numa entrevista a 20 de julho, “desconhecer o conteúdo e o teor do requerimento do Grupo Parlamentar do Partido Socialista”, quando este requerimento “foi entregue nos serviços do Parlamento Regional a 15 e enviado ao Governo a 18”.
A socialista classificou como “lamentável” que esta Secretaria Regional “cultive o hábito de assumir uma postura omissa e muito pouco humilde”, quer no que toca à aceitação de críticas, quer no que toca à auscultação da população.
“A um membro do Governo exige-se rigor, transparência e humildade, tudo o que este governo apregoa, mas que pouco ou nada pratica”, concluiu a deputada do GPPS, Patrícia Miranda.