O Grupo Parlamentar do PS alertou, esta segunda-feira, para o atraso da definição do local para a implementação da nova unidade de saúde do Livramento, o que “está a atrasar o acesso à prestação de melhores condições de saúde dos utentes de São Roque e do Livramento”.
Falando após visita à Unidade de Saúde do Livramento, o vice-presidente do GPPS, Carlos Silva, realçou que o Governo Regional, mais uma vez, “colocou o carro à frente dos bois”, quando avançou com o anúncio da nova unidade de saúde “sem sequer ter definido a respetiva localização”.
O deputado do PS frisou que estas duas freguesias abrangem cerca de 10 mil utentes de saúde, pelo que a construção de uma nova unidade de saúde deve “acontecer no curto prazo”, uma vez que o atual edifício do Livramento apresenta já “limitações que prejudicam os cuidados de saúde”.
“A falta de gabinetes, por exemplo, implica que não seja possível garantir mais serviços de saúde como a psicologia ou a nutrição”, salientou o parlamentar.
Por outro lado, frisou, é “fundamental definir como prioritários o combate às dependências e a promoção da saúde mental, implementando o Plano Regional de Saúde Mental”, porque a pandemia “trouxe problemas adicionais e provocou um aumento das dependência e da doença mental”.
O deputado socialista frisou a necessidade de “garantir que haja recursos humanos adequados”, denunciando que “foram cortadas várias vagas de profissionais de saúde, concretamente para enfermeiros, nutricionistas e psicólogos, que tinham sido solicitados pela USISM ao Governo, o que dificulta a prestação de serviços de saúde à população”.
“Esse processo encontra-se neste momento em reavaliação, pelo que apelamos ao Governo Regional que garanta um reforço dos profissionais de saúde, porque só assim é possível combater efetivamente as dependências, garantir que o Plano Regional para a Saúde Mental seja efetivamente implementado, melhorando assim os cuidados de saúde, sublinhou o deputado do GPPS.
Carlos Silva focou também a execução do primeiro semestre do Plano de Investimentos para 2022, constatando que o “investimento nas Tecnologias da Saúde ficou apenas pelos 15%”, um motivo de “preocupação” porque estava previsto um “projeto de integração da informação entre as unidades de saúde e hospitais, previsto no PRR”, e se não houver uma execução adequada dessas verbas elas podem “perder-se”, finalizou o vice-presidente do GPPS, Carlos Silva.