O Grupo Parlamentar do PS Açores entregou na Assembleia Legislativa Regional, um Projeto de Resolução que visa declarar o dia 2 de outubro como o “Dia da Viola da Terra”, bem como um conjunto de outras iniciativas que visam “enaltecer este símbolo e património identitário da Região, a Viola da Terra”, como referiu a deputada Marta Matos.
Marta Matos disse que apesar de, em 2018, a Miratecarts, em parceria com a Associação de Juventude Viola da Terra e o Professor Rafael Carvalho, e com o apoio dos grupos Casa da Música da Candelária, Grupo de Tocadores de Violas de São Jorge, Associação de Músicos da Ilha Branca e a Sons do Terreiro - Associação Cultural declararam o dia 2 de outubro como o “Dia da Viola da Terra” e de, desde 2019, este dia ter sido comemorado “com a organização de dezenas de eventos, concertos, palestras, sessões de sensibilização em escolas e museus, exposições, envolvendo inúmeros tocadores de todas as nossas ilhas”, falta o reconhecimento oficial deste dia na Região, “estendendo-o também às comunidades açorianas da diáspora, “pela infinita ligação da Viola da Terra ao sentimento da Saudade, simbolizado nos seus dois corações – o coração de quem parte e o de quem fica”.
Para além disso, a iniciativa pretende também que o Governo Regional desenvolva os procedimentos necessários à classificação, como património, da Viola da Terra “uma referência fundamental da nossa cultura, enquanto valor dinâmico da construção da nossa identidade individual e coletiva”, considerou.
A deputada do PS Açores revelou ainda ser “fundamental” a implementação de um Plano Regional para a Valorização da Viola da Terra que tenha como principais eixos “a promoção, criação e divulgação cultural, a formação musical de alunos e formadores, a formação profissional na arte de construção e restauro e a inventariação, recuperação, divulgação e disponibilização museológica e digital do acervo e património material existente”.
Marta Matos acredita que este trabalho deve ser desenvolvido em parceria com as associações, sociedades recreativas, casas do povo, conservatórios, escolas, museus e outras entidades públicas e privadas do setor cultural, “inclusive nas comunidades da diáspora Açoriana”.
“É crucial manter uma atividade constante, contínua e credível de iniciativas com e sobre a Viola da Terra, sensibilizando públicos e estimulando a interação entre os grupos e escolas das diferentes ilhas para que se partilhem conhecimentos, repertórios, técnicas, experiências”, finalizou.