É lamentável que o Presidente do Conselho de Administração da EDA desconheça que esta empresa tenha participado no processo de elaboração da Estratégia Açoriana para a Energia 2030 (EAE 2030).
Ao contrário do que o Dr. Nuno Pimentel afirmou na audição de ontem na Comissão de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, a EDA participou ativamente no fornecimento de informações, em sessões de discussão e pronunciou-se aquando da consulta pública da EAE 2030.
Quer dizer, a EDA esteve presente desde o primeiro documento prévio de discussão e depois sobre o documento final em que um dos criadores desta estratégia se deslocou, propositadamente, à EDA para apresentar os objetivos da EAE 2030 e recolheu contributos. Porém, a EAE 2030 é e será do Governo cabendo à EDA a sua operacionalização.
Quanto às metas de energias renováveis para os Açores, o mínimo que se pode dizer é falar nas contradições e falta de ambição do Governo para este importante objetivo de sustentabilidade ambiental. Se por um lado, a Secretária dos Transportes, Turismo e Energia anuncia a meta de 61% de energias renováveis para 2026 – quando já não terão responsabilidades governativas – o Presidente da EDA diz que em 2030 só poderá chegar aos 65%, apesar de ter defendido 60% para 2024/25. São muitas contradições numéricas e sobretudo muita falta de ambição para os Açores.
O GPPS considera que o diploma conjunto do PS/PAN, para além de realista e ajustado à Estratégia Açoriana para a Energia 2030, traduz um percurso de contribuição para a neutralidade carbónica, para a diminuição de importação de combustíveis fósseis e bem assim para a autossustentabilidade energética da Região. Por último, o GPPS considera que é necessário avançar muito mais nos estudos de viabilidade de produção do hidrogénio verde na Região aproveitando as horas de vazio das energias renováveis.