Carlos Silva realçou esta quinta-feira a preocupação do Grupo Parlamentar do PS com o corte de 13 milhões de euros em verbas para a promoção e sustentabilidade do turismo na Região, um corte que “preocupa também os agentes do setor”.
O vice-presidente do GPPS falava à saída de uma reunião dos socialistas com a Delegação Açores da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP), para análise ao setor e discussão do Plano e Orçamento para 2023.
O parlamentar socialista sublinhou a apreensão daqueles que fazem andar o setor do Turismo com este corte para o próximo ano e alertou que a conjugação desta redução de verbas com “a falta de ordenamento turístico, de um Plano de Ordenamento Turístico da Região Autónoma dos Açores (POTRAA) e de um Plano Estratégico e de Marketing do Turismo dos Açores (PEMTA), mostram que o Governo está à deriva e agudiza as preocupações dos empresários e a incerteza que se irá viver no próximo ano”.
Na reunião, os deputados do PS tornaram a ouvir as “legítimas apreensões dos empresários do setor com a crise inflacionista, o desafio do aumento de preços e a falta de mão de obra”.
“Os deputados do PS apresentaram algumas medidas importantes para o setor, que devem ser implementadas com urgência, ainda este ano. É urgente operacionalizar o Fundo de Capitalização das Empresas, é imperioso reduzir o Imposto sobre Combustíveis (ISP), de forma a aliviar as famílias e as empresas. Outra proposta que temos é a criação de uma linha de crédito com juros bonificados para as empresas e a necessidade de se rever o valor contratado dos investimentos do COMPETIR+ e os valores de referência”, apontou Carlos Silva.
O deputado realçou a “urgência de implementar estas medidas a favor das famílias e das empresas Açorianas já em 2022”.
Os deputados do GPPS eleitos pela ilha de São Miguel reuniram, ainda com a Mesa do Conselho de Ilha de São Miguel, tendo ficado patentes diversas preocupações com os cortes de investimento previstos pelo Governo para aquela ilha, na sua proposta de Plano de Investimentos.
Na proposta do Governo de investimentos para 2023, a ilha de São Miguel perderá 126 milhões de euros em comparação com 2022, um corte na ordem dos 34%.