O Grupo Parlamentar do PS questionou o Governo Regional, esta quarta-feira, através de requerimento assinado pelos deputados eleitos pela ilha Terceira e entregue na Assembleia Legislativa Regional, acerca do aumento que se verifica no cancelamento de cirurgias nos hospitais da Região.
Tiago Lopes salientou que, de acordo com dados publicados pelo próprio Executivo, “em 2021 foram canceladas 3.468 cirurgias”, um número de cancelamentos “até então nunca antes visto no Serviço Regional de Saúde (SRS)”, manifestando a sua preocupação com o facto de este ano, apenas até outubro, “já terem sido canceladas 3.160 cirurgias”.
“Este elevado número de cancelamentos nos últimos dois anos, continua, até ao momento, por explicar”, frisou o parlamentar do PS.
Tiago Lopes recordou que o Grupo Parlamentar do PS/A tem vindo a “questionar e a sinalizar aspetos que dão conta da degradação progressiva da gestão do Serviço Regional de Saúde” e que, preocupantemente, “estão a ter impactos muito significativos na prestação de cuidados de saúde aos Açorianos”.
O deputado do GPPS recordou que o Secretário Regional da Saúde, Clélio Meneses, aquando da discussão do Plano e Orçamento para 2023, afirmou que a recuperação da atividade assistencial no SRS, após a Pandemia, se encontrava “concluída”.
“O que assistimos é que o Governo Regional desvaloriza factos indesmentíveis”, denunciou Tiago Lopes.
Na sequência de mais cancelamentos de cirurgias no Hospital do Santo Espírito da Ilha Terceira, alegadamente por falta de material cirúrgico, o PS/Açores pretende ver esclarecido quais os motivos da falta deste material, quantas cirurgias e que especialidades cirúrgicas foram afetadas por essa ocorrência. O PS pretende, igualmente, que o Governo responda “quantos utentes, discriminados por ilha de residência, foram afetados por esta ocorrência.
“Aquilo que o PS/Açores faz é sinalizar situações preocupantes, tal como o elevado cancelamento de cirurgias, e pedir que o Governo Regional explique o que se passa. Os Açorianos têm direito a respostas, quando aquilo que está em causa é o seu acesso a cuidados de saúde fundamentais”, finalizou o deputado socialista, Tiago Lopes.