João Vasco Costa salientou, esta terça-feira, que o processo do Porto Espacial de Santa Maria “não mostra avanços”, fruto da inação do Governo Regional.
O deputado socialista, eleito pela ilha de Santa Maria, falava na cidade da Horta, no Parlamento dos Açores.
João Vasco Costa salientou que, com este Governo, os Açores “regrediram 4 anos na área do Espaço”, uma vez que a verba prevista no Plano e Orçamento para 2023, aprovado no plenário de novembro passado, é “20% inferior ao valor inscrito no ano de 2018”.
“Este Governo prevê pouco mais de 238 mil euros para o Espaço e, dessa verba, nem toda irá para Santa Maria. Além disso, a Estratégia dos Açores para o Espaço aguarda a sua aprovação e publicação, mais de um ano após a sua apresentação e consulta pública”, destacou o socialista Mariense.
João Vasco Costa quis saber se o Presidente do Governo, ausente do plenário, ainda pensa que o Espaço é, de acordo com as suas próprias palavras, uma “área de futuro e de inovação”, questionando “em que fase estão os projetos e os estudos ambientais e económicos, bem como a definição da área de implementação do projeto e consequente aquisição de terrenos na ilha de Santa Maria?”, não obtendo, contudo, resposta.
O parlamentar do PS/Açores recordou que o projeto do Porto Espacial de Santa Maria foi deixado pelo anterior Governo, da responsabilidade do PS, “praticamente fechado” e que “foi este Governo da coligação que decidiu reverter a decisão de o adjudicar”.
“Se não fossem as trapalhadas e as indecisões deste Governo Regional, o Porto Espacial de Santa Maria já poderia estar implementado. Mas, lamentavelmente, continuamos a marcar passo, com a forte possibilidade de que o projeto nunca se venha a concretizar.
João Vasco Costa questionou, igualmente, o que é que o Governo Regional fez para “garantir a manutenção do projeto da RAEGE em Santa Maria, onde estão investidos 7 milhões de euros de dinheiro público”.
O deputado socialista tornou a questionar o Governo, como fez em novembro passado, sobre um “alegado desinteresse dos parceiros espanhóis na estação da RAEGE”, questionando se o Governo “está a pensar num paulatino e meio surdo desmantelamento da RAEGE em Santa Maria?” Mais uma vez, o Governo Regional escusou-se a providenciar respostas.