Carlos Silva manifestou, esta quinta-feira, a preocupação do Grupo Parlamentar do PS com o facto de se preverem “prejuízos avultados para a Azores Airlines em 2022, próximos daqueles que existiram em 2021”, o que desmente por completo a narrativa e a propaganda do Governo Regional”.
O vice-presidente do GPPS falava após a audição de Luís Rodrigues, até aqui Presidente do Conselho de Administração do Grupo SATA e nomeado pelo Governo para Presidente do Conselho de Administração da SATA Holding, para os próximos anos.
Carlos Silva sublinhou que a audição do Presidente da SATA Holding veio confirmar que “algumas rotas para o estrangeiro, especialmente Nova Iorque-Funchal, Nova Iorque-Ponta Delgada, Boston-Terceira e Toronto-Terceira, criadas pela atual Administração, são deficitárias” e “contribuem diretamente para os prejuízos da empresa”. Portanto, a “SATA continua a realizar operações deficitárias, apesar da aparente proibição da Comissão Europeia”.
O parlamentar socialista questionou, igualmente, se o aumento de capital de 62 milhões de euros previsto para a Azores Airlines, anunciado pelo Governo Regional na discussão do Plano e Orçamento para 2023, já foi transferido para a companhia aérea, algo que não foi completamente esclarecido.
Carlos Silva frisou, ainda, que o processo de privatização da Azores Airlines “não irá arrancar a 1 de janeiro” conforme havia anunciado o Governo Regional na discussão do Plano e Orçamento para 2023, uma vez que isso “pressupõe que procedimentos e cadernos de encargos já estejam concluídos”, o que, para já, “não acontece”.
Para o deputado do PS, esta audição “não permitiu esclarecer as dúvidas e incertezas sobre o impacto da privatização de pelo menos 51% do capital, nas ligações para as gateways Santa Maria, Pico e Faial”, mas permitiu confirmar que o processo de renovação da frota da Azores Airlines, iniciado na anterior legislatura, constitui hoje um dos seus principais ativos e é “fundamental para a otimização dos gastos operacionais e melhoria do serviço prestado pela companhia”, finalizou o vice-presidente do GPPS, Carlos Silva.