Os deputados do PS Açores reuniram esta sexta-feira com a Associação das Escolas Profissionais dos Açores (AEPA) de forma a se inteirarem da situação por que passa o ensino profissional na Região.
Sandra Dias Faria considerou que “negligenciar a proteção financeira que se exigia garantir a estas instituições, num momento de especial fragilidade, não só traduz a incapacidade de resposta deste Governo, como reflete a forma como estas são valorizadas, como são respeitados os seus profissionais e acima de tudo a aqueles a quem se destinam: os alunos”.
“Esta é mais uma contradição do atual Governo de coligação quando anuncia uma renovação da aposta na valorização e qualificação dos Açorianos e o que se constata é um corte drástico nas verbas alocadas à formação profissional”, evidenciou a deputada à margem do encontro.
“É preciso ter em conta de que a transição entre quadros comunitários acarreta sempre um hiato de tempo em que não existe sequer a possibilidade das escolas se candidatarem a fundos comunitários, porque os mesmos ainda não estão definidos e quantificados, nem tão pouco existem os instrumentos para serem submetidas candidaturas”, explicou.
Sandra Dias Faria defendeu que a opção de “financiamento ponte” entre quadros comunitários já deveria ter sido tomada em 2021, em montantes que compensassem o diferencial anual das verbas inscritas no Plano Regional de 2021, 2022 e 2023.
A deputada do Grupo Parlamentar do PS Açores destacou a falta de “estratégia” do Executivo ao “empurrarem responsabilidades entre si, numa clara falta de coordenação entre departamentos”.
Classificando a solução encontrada pelo Governo Regional de conceder um apoio financeiro de 25 milhões de euros como estando “mal definida e insuficiente”, Sandra Dias Faria sustentou que “não há conhecimento da repartição do valor nem de quando é que essa verba será atribuída”.
Posto isto, a vice-presidente do GPPS/Açores deixou clara a disponibilidade do Partido Socialista em trabalhar para encontrar agora soluções, sendo certo, “aliás, como demonstra o histórico das ações do PS, em matéria de financiamento das escolas profissionais da Região, que nunca teríamos esperado dois anos para ajudar estas escolas a desenvolverem a sua atividade, antes de estar disponível o Quadro Comunitário”.
“Nunca o fizemos, nem nunca o faríamos”, continuou Sandra Dias Faria, “ainda para mais numa altura em que tanto se fala de falta de mão-de-obra e da necessidade de a conseguir encontrar, as escolas profissionais deveriam ser vistas como um aliado importantíssimo para a formação de novos quadros ou até mesmo para a reconversão de outros”.