“A Conferência de Imprensa do Presidente do Governo mostra um Governo esgotado e incapaz de perceber a situação económica e social, sem capacidade para garantir apoios rápidos que cheguem às famílias e empresas rapidamente”, disse Berto Messias em reação à conferência de imprensa do Presidente do Governo desta manhã, para anunciar propostas de combate à inflação.
Segundo o Vice-Presidente do PS Açores, “assistimos a uma Conferência que é uma mão cheia de nada, com um Presidente agarrado ao passado, sempre a criticar os Governos anteriores e sem capacidade para apresentar medidas efetivas, de impacto imediato, que cheguem à vida diária das pessoas e das empresas”.
“Diz agora que quer monitorizar e acompanhar, com base num novo paradigma, mas acompanhar e monitorizar não resolve nada. Não ajuda o empresário que está confrontado com o aumento das matérias-primas, não ajuda as famílias que vão ao hiper e vêm os preços a disparar, não ajuda as famílias com a taxa de esforço mensal a aumentar e com as taxas de juro dos créditos à habitação a disparar”, afirma Berto Messias.
Segundo o dirigente Socialista, “quando esperávamos o anúncio de um pacote de medidas especificas e robustas para combater a inflação e o aumento do custo de vida, o Presidente do Governo fala de medidas antigas, já em vigor, que nada trazem de novo.”
“Aquilo que se esperava era que seguisse o exemplo do que fizeram os anteriores Governos Regionais quando confrontados com situações de crise excecionais, criando pacotes de medidas especificas, como aconteceu com a crise do subprime no início da última década ou com a crise pandémica. Em ambos os casos o Governo Regional da altura chegou-se à frente, primeiro que o resto do País”, refere Berto Messias.
“Hoje é dia 13 de janeiro, e o Governo Regional insiste em lançar cortinas de fumo, para disfarçar que não consegue criar um pacote de medidas especifico de combate à inflação e ao aumento do custo de vida, o que responderia aos apelos que vários parceiros sociais têm feito publicamente”, disse Messias.
Segundo o Vice-Presidente do Partido Socialista dos Açores, “bastaria que o Governo não fosse teimoso e tivesse a humildade de aprovar o Plano de Emergência Social e Económica dos Açores que o Partido Socialista propôs em 2022, com medidas fundamentais em várias áreas, de apoio às famílias e empresas, reduzindo a sua taxa de esforço mensal e apoiando a sua atividade económica. Por revanchismo partidário não o quis fazer, mas não apresenta uma alternativa credível”.