Os Vereadores eleitos pelo Partido Socialista à Câmara Municipal da Ribeira Grande, alertaram para a “falta de estratégia” da autarquia na resolução dos verdadeiros problemas do município.

De acordo com Lurdes Alfinete e Artur Pimentel, as principais prioridades para 2025 deveriam centrar-se “na habitação, formação e acessibilidades e coesão”.

Durante a discussão do Plano e Orçamento da autarquia para 2025, Lurdes Alfinete defendeu a criação de um apoio de aquisição à 1ª habitação ou aquisição de lote para autoconstrução ou reconstrução de moradia, no valor de 10 mil euros, uma medida com uma majoração de 20% para as freguesias fora do centro urbano.

A Vereadora socialista propôs ainda um plano de revitalização do centro histórico do concelho, nomeadamente da Rua Direita, que permita a aquisição e/ou expropriação dos edifícios identificados como degradados, fixando pessoas e serviços, trazendo mais vida para a cidade.

Na ocasião, o Partido Socialista defendeu ainda um reforço de verbas em 10% para cada Junta de Freguesia, bem como o aumento em, pelo menos, 10% nos apoios atualmente concedidos às IPSS.

Empenhado na defesa dos interesses dos Ribeiragrandenses, o PS Ribeira Grande apresentou, uma vez mais, propostas no sentido de promover o desenvolvimento efetivo do concelho.

Sendo este um orçamento de fim de ciclo, a Vereadora do Partido Socialista realçou que em 11 anos de mandato do PSD, apenas uma das obras centrais para o desenvolvimento do concelho está em vias de ser concluída.

“Continuamos sem ter uma frente mar concluída, continuamos sem ter uma ligação via Tondela, continuamos a investir milhões no Campo de Rabo de Peixe e este tarda em estar completo, continuamos a ter um PDM em revisão há mais de uma década e continuamos com problemas nos licenciamentos”, referiu a Vereadora.

De acordo com Lurdes Alfinete, e apesar de diversas vezes concordarem e se reverem nas propostas do Partido Socialista, “o PSD nunca as incluiu no Orçamento ou apresentou outras que as possam complementar em benefício dos Ribeiragrandenses”.

“Não se pretende apoiar um cidadão na aquisição de habitação, não se reconhecem problemas de saúde mental, a fraca literacia, a insegurança e o problema das dependências, a desertificação das freguesias, mas alteram-se valores para reforço de rubricas para a promoção de eventos. Aposta-se em eventos, enquanto a água suja continua a correr para o mar”, realçou.

Por não ser esse o caminho que o Partido Socialista pretende para o concelho da Ribeira Grande, e atendendo ao que o atual executivo camarário deixa para o futuro do concelho, os Vereadores e deputados municipais do Partido Socialista votaram contra o documento.