João Vasco Costa denuncia apatia do Governo Regional face aos constrangimentos nos transportes marítimos

PS Açores - Há 1 dia

O deputado do PS/Açores João Vasco Costa denunciou, no âmbito da interpelação ao Governo realizada esta semana, na Horta, a “inaceitável apatia do Governo Regional” face aos constrangimentos nos transportes marítimos de e para Santa Maria, alertando que “esta governação de José Manuel Bolieiro e de Berta Cabral não pratica a coesão — semeia a divisão”.

“Os marienses e os nossos empresários estão a ser duramente penalizados, mês após mês, por uma governação que tarda em pôr mão na massa e que parece não compreender a urgência de garantir serviços estáveis, regulares e previsíveis”, afirmou João Vasco Costa, sublinhando que “a coesão regional não pode ser um chavão vazio usado para preencher discursos redondos e ocos de respaldo na realidade”.

Santa Maria é, na perspetiva do deputado socialista, “um caso gritante de como esta governação cristalizou nas prioridades da década de oitenta do século passado, quando para os governos de então — dos quais Bolieiro e Berta Cabral faziam parte — os Açores eram três ilhas e o resto era paisagem”.

Para o parlamentar açoriano, a abolição da Linha Amarela e o argumento dos custos são um exemplo flagrante de má gestão: “O Governo justificou o fim da Linha Amarela com os 24 milhões de euros gastos em quatro anos, mas omite que o fretamento de um navio para servir apenas uma ilha custa praticamente o mesmo. É uma política de contenção seletiva que ignora os reais custos sociais e económicos do isolamento”.

João Vasco Costa criticou ainda as declarações recentes do deputado Carlos Rodrigues. “Não podemos aceitar a tentativa de culpar os empresários locais pelos problemas logísticos que enfrentam. É inadmissível sugerir que a validade dos produtos perecíveis é responsabilidade de quem os produz ou comercializa, quando o problema está na total falta de fiabilidade dos transportes”.

O PS/Açores reafirma que continuará a defender soluções concretas e eficazes que assegurem a mobilidade de todos os Açorianos, a preços justos e com qualidade de serviço. “Os interesses dos marienses não podem ser sacrificados por conveniências partidárias. A coesão regional exige coragem, justiça e visão e não desculpas nem silêncio cúmplice”, concluiu o deputado.

 

Horta, 10 de abril de 2025