Rui Anjos realçou esta quinta-feira que o “aumento brutal do cabaz alimentar reduz poder de compra dos Açorianos”, evidenciando que o Governo Regional tem de ser “muito mais rápido a assumir medidas concretas que permitam ajudar as famílias e a empresas a lidar com os avanços da crise inflacionária”.
O deputado socialista falava em plenário do Parlamento dos Açores, na cidade da Horta, no âmbito do debate de uma proposta que recomendava ao Governo que “alargue a lista de bens considerados no regime jurídico de preços de bens e serviços vendidos” e que “promova junto dos retalhistas a identificação dos produtos sujeitos ao regime de margens fixas, estendendo o relatório de monitorização de preços a todas as ilhas dos Açores”.
Rui Anjos salientou que os preços dos alimentos e de certos produtos e serviços essenciais estão a ser “inflacionados de uma forma sem precedentes”, deixando os consumidores Açorianos “muito mais vulneráveis face à subida galopante dos preços dos bens alimentares, perdendo poder de compra”.
O deputado do PS recordou que a primeira ação concreta do Governo Regional no âmbito da monitorização de preços “aconteceu muitos meses após o início desta crise inflacionária” e apenas para uma lista de produtos “muito curta, desajustada e pouco equilibrada”.
“Hoje em dia, o Governo Regional está a monitorizar os preços de um cabaz composto somente por 15 produtos, que não inclui bens essenciais como o peixe, os legumes e as frutas”, vincou o deputado socialista.
O parlamentar lembrou que o PS/Açores “desde novembro de 2021 tem vindo a manifestar a sua preocupação com estes aumentos”, tendo mesmo apresentado em novembro de 2022 um Plano de Emergência Económica e Social dos Açores, “sumariamente chumbado pelos partidos da direita”.
“Esse plano previa, entre outras, a criação de um sistema de comparticipação do acréscimo de custos unitários de aquisição de fatores de produção, com a condição que não exista aumento do preço de venda derivado da componente apoiada dos custos de produção” e, igualmente, “a criação de um mecanismo de estabilização do custo de transporte de matérias-primas e mercadorias interilhas de e para a Região, com a contrapartida de estabilização do preço do transporte desses bens”.
“Estes foram contributos concretos, com medidas exequíveis, que o PS avançou. O Governo Regional e os partidos da coligação optaram por ignorar estes contributos e agora vai tentando emendar a mão, mas está sempre a correr atrás do prejuízo. Os Açorianos mereciam um Governo mais proativo na antecipação e minimização de problemas”, frisou o deputado socialista, Rui Anjos.