Carlos Silva denunciou esta terça-feira que os preços de venda dos combustíveis nos Açores “só vão aumentar porque o Governo Regional do PSD/CDS-PP/PPM apoiado pela IL e Chega decidiu aumentar o Imposto Sobre produtos Petrolíferos (ISP) em 10 cêntimos”.
“Se o Governo Regional não tivesse aumentado este imposto sobre combustíveis, os Açorianos iriam pagar, cerca de menos 5 cêntimos pela gasolina e cerca de menos 7 cêntimos pelo gasóleo.
No atual momento de dificuldades para as famílias e as empresas, o Governo Regional da coligação PSD-CDS/PP-PPM decidiu subir o imposto em 10 cêntimos”, apontou o vice presidente do GPPS, considerando que esta é uma decisão errada e profundamente penalizadora para os Açorianos.
Devido a esta decisão, o Governo Regional passa agora a cobrar 46,5 cêntimos de ISP por litro no caso da gasolina e 24,2 cêntimos no caso do gasóleo, mais 10 cêntimos do que em fevereiro. Esta opção do Governo Regional irá também representar uma subida de 3 cêntimos por litro no gasóleo para a agricultura e pescas, setores fundamentais da economia regional.
Carlos Silva classificou ser de uma “total insensibilidade” aumentar o imposto sobre combustíveis neste momento e justificar isso com a “tendência de normalização dos preços dos combustíveis no mercado mundial” e com a suposta necessidade de “refletir a realidade atual”, ignorando assim o aumento generalizado dos preços de bens e serviços.
“Num momento em que as prestações do crédito à habitação dispararam, em que o preço do cabaz alimentar aumentou mais de 20% num ano e os gastos com a fatura da eletricidade das empresas e instituições subiram mais de 50%, vir falar em ‘normalização de preços’ é querer iludir os Açorianos e ignorar as suas dificuldades”, sublinhou.
O parlamentar socialista evidenciou que esta decisão de aumentar o imposto sobre os combustíveis “tem um efeito imediato e transversal a famílias, empresas e diversas instituições”, frisando que, na prática, o que o Governo está a fazer é “diminuir o poder de compra dos Açorianos e a retirar competitividade às empresas num período crítico, de abrandamento da atividade económica”.
“Esta é mais uma decisão que revela uma enorme insensibilidade por parte do Governo Regional da coligação perante as dificuldades que enfrentam as famílias e as empresas dos Açores. Parece incrível mas, perante tantos alertas de parceiros sociais e mesmo de outros partidos para além do PS, este Governo persista no erro e num rumo autista, ignorando as dificuldades que vão criando aos Açorianos”, finalizou o vice presidente do Grupo Parlamentar do PS, Carlos Silva.