Marta Matos manifestou esta quinta-feira a sua preocupação quanto ao futuro do porto comercial de São Roque do Pico, reforçando, na ocasião, “que ao descurar a intervenção nesta infraestrutura, o Governo Regional está a comprometer o desenvolvimento económico da ilha”.
Segundo relembrou a deputada socialista eleita pela ilha do Pico, e apesar do lançamento do concurso para a obra da proteção da orla costeira e o ordenamento do cais comercial, serem intervenções importantes e cujo lançamento do concurso deveria acontecer durante o primeiro trimestre de 2023, conforme assegurou o presidente do Governo Regional durante a sua última visita estatutária à ilha, “não pode fazer esquecer e ignorar a intervenção no porto comercial".
Para a parlamentar do PS/Açores, que falava à margem de uma visita ao porto comercial de São Roque do Pico, o que existe “é um estudo prévio que, no nosso entender, não apresenta uma solução concreta para a proteção da cabeça do molhe do porto comercial que é, neste momento, a obra urgente e prioritária”.
Mas, de acordo com Marta Matos, este estudo não apresenta, também, “soluções para o aumento do cais acostável nem dá respostas para a acostagem em simultâneo de barcos de mercadorias e de passageiros, ficando ainda de fora a resposta necessária face ao aumento de carga que se prevê neste porto, por exemplo, com a construção de uma nova conserveira, nem dá garantias de uma solução coerente para as questões de operacionalidade deste porto”.
Na ocasião, Marta Matos relembrou, também, o trabalho desenvolvido pelo anterior Governo Regional, da responsabilidade do Partido Socialista, na consolidação do porto comercial de São Roque do Pico, para manifestar, nesse sentido, a sua preocupação com o facto de que “o investimento de 30 milhões na bacia do cais do Pico e na proteção da frente marítima do cais possa comprometer, de alguma forma, aquilo que no nosso entender é prioritário: a intervenção no porto comercial e na cabeça do molhe”.
Salientando, assim, a importância do porto comercial como principal motor de desenvolvimento económico da ilha, mas, também, como “impulsionador de competitividade e de movimentação de mercadoria e de carga”, Marta Matos reforçou a necessidade de que não seja descurada a intervenção nesta infraestrutura, comprometendo, assim, o desenvolvimento económico da ilha do Pico.