Célia Pereira congratulou-se, esta quinta-feira, com o anúncio para a criação de uma task-force de combate às drogas sintéticas na Região, uma medida que “apesar de tardia” não deixa de ser positiva “no sentido de contrariar o agravamento dos consumos no arquipélago”.
No entanto, e conforme salienta a deputada socialista, “foi preciso ser a coordenadora do Ministério Público nos Açores a vir, em primeiro lugar, anunciar a adoção desta medida”, para que só então o Governo Regional tenha dado início à sua apressada operacionalização junto das entidades parceiras “que, até ao momento, não tinham conhecimento de nada”.
“Este é um Governo que anda a reboque e que tarda em adotar medidas que contrariem o agravamento dos consumos e uso das NSP’s na Região, que representam já um terço dos consumos no todo nacional”, considerou a deputada Célia Pereira, para lamentar, a este propósito, que se tenha levado mais de dois anos a dar continuidade ao trabalho que vinha a ser desenvolvido pelo anterior executivo.
Referindo, assim, que o anterior Governo Regional da responsabilidade do Partido Socialista tinha já dado início a um conjunto de reuniões de trabalho com os principais parceiros – Ministério Público, HDES, Casa de Saúde de São Miguel, ARRISCA, Novo Dia, Alternativa, Forças de Segurança -, no sentido de criar equipas de proximidade, Célia Pereira assinalou “a inação e falta de visão estratégica deste executivo”.
“Só passados dois anos e meio é que este Governo retomou esta linha de intervenção, em articulação integrada com os principais parceiros. Esta inação traduz-se num custo elevado e, para muitos, com efeitos e danos irreversíveis”, considerou a socialista.
A este propósito, e conforme refere a deputada socialista, ainda muito recentemente o Partido Socialista apresentou uma proposta com vista a reforçar a prevenção e o combate às dependências na Região, que mereceu a abstenção dos partidos que suportam o Governo, preferindo continuar a ignorar contributos pertinentes, “apenas porque são apresentados pelo Partido Socialista”. “É de vidas que estamos a falar, de vidas e de famílias destruídas por este flagelo”, considerou a deputada do PS/Açores, Célia Pereira.