Marta Matos realçou que, para o Partido Socialista, as prioridades para o Porto Comercial de São Roque do Pico passam pela “melhoria da operacionalidade e da segurança”.
A deputada do PS, eleita pela ilha do Pico, falava na cidade da Horta, num debate suscitado pela IL, em que foram abordados importantes temas para a ilha Montanha.
Marta Matos realçou que o porto comercial de São Roque do Pico é a “maior infraestrutura portuária daquela ilha” e a “terceira maior da Região, em termos de mercadoria contentorizada e de carga em geral”, defendendo “intervenções urgentes que garantam a sua segurança e melhorem a sua operacionalidade”.
A parlamentar socialista realçou que o Governo Regional, suportado pelo PSD-CDS/PP-PPM e apoiado pela IL e pelo Chega, está a “negligenciar e a mostrar-se incapaz de perceber a importância do porto de São Roque para a ilha do Pico, asfixiando-a e deixando o Pico para trás”.
Marta Matos criticou o Governo Regional por “pretender fazer passar aos Picarotos a ideia de que a intervenção de 30 milhões de euros a realizar, representa um investimento no porto comercial de São Roque”, realçando que esta verba se traduzirá no “reordenamento e proteção da baía do cais do Pico e na criação de um núcleo de recreio náutico”.
“Estas são, sem dúvida, obras necessárias. Mas o desenho apresentado pelo Governo PSD-CDS/PP-PPM, apoiado pela IL e Chega, não só não resolve como compromete aquilo que é urgente para o porto comercial de São Roque, porque não intervém na cabeça do molhe do porto comercial, a proteção mais urgente e prioritária neste momento, e não prevê a acostagem em simultâneo de navios de carga e de navios de passageiros, esquecendo por completo a ampliação do porto comercial”, salientou.
Marta Matos recordou que foi o anterior Governo Regional, suportado pelo Partido Socialista, que “projetou, decidiu e lançou a nova obra do terminal de passageiros do porto de São Roque do Pico”, inaugurada por este Governo, sublinhando que a prioridade do PS continua a ser “garantir a segurança e melhorar a operacionalidade do Porto, porque este é o motor do desenvolvimento económico e da competitividade da ilha do Pico, através do aumento da circulação de cargas e passageiros”.
Empresários Picarotos aproveitam bem os fundos comunitários, se estes estiverem disponíveis
Intervindo no mesmo debate, Mário Tomé realçou que os empresários picarotos já demonstraram no passado a sua “capacidade e audácia”, ao conseguirem “utilizar com eficácias os fundos comunitários” e alertando que, para que isso aconteça, estas verbas têm de estar disponíveis.
O deputado do PS lembrou os grandes atrasos do Governo PSD-CDS/PP-PPM, apoiado pela IL e pelo Chega na execução de fundos comunitários, designadamente no PO Açores 2020, PO Açores 2030 e no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), salientando serem estas verbas “em risco de se perder e, com isso, perder a oportunidade de potenciar o Pico como ilha com Futuro”.
“Com Governos Regionais suportados pelo PS, a ilha do Pico foi projetada para outro nível, tendo os empresários do Pico conseguido aceder a mais de 50 milhões de euros de incentivos financeiros, entre 2014 e 2019”, destacou.
Na Agricultura, prosseguiu, no anterior Quadro Comunitário de Apoio, o Pico “teve 135 projetos de modernização agrícola aprovados, num investimento total de 10 milhões de euros”, bem como “45 projetos de primeira instalação de jovens agricultores aprovados, com investimentos superiores a 2 milhões de euros”, vincou.
“Dos 20 milhões de euros disponibilizados a todos os vitivinicultores dos Açores, os Picarotos utilizaram 19 milhões. Isso permitiu ampliar a vinha do Pico para 761 hectares de área produzida. É preciso continuar este desenvolvimento, mas não vemos o Governo Regional do PSD-CDS/PP-PPM, apoiado pela IL e pelo Chega, ter esta preocupação nem a desenvolver esforços para continuar com este crescimento”, finalizou o deputado do PS eleito pela ilha do Pico, Mário Tomé.