A fiscalização do controlo do acesso de viaturas rent-a-car à Lagoa do Fogo não está a ser feita, uma semana após a implementação do serviço de ‘shuttle’ daquela reserva natural, pelo Governo Regional do PSD-CDS/PP-PPM, apoiado pela IL e pelo Chega.

A denúncia partiu dos deputados do PS, que constataram esta falha, no local, tendo visitado, hoje de manhã, o parque de estacionamento e o próprio complexo da Caldeira Velha, local onde o controlo de viaturas rent-a-car deveria estar a ser feito.

Carlos Silva realçou que não existe qualquer controlo na estrada de acesso, estando apenas alguma sinalização no local, o que condiciona a implementação eficaz do serviço de Shuttle” e “cria confusão e situações de desigualdade”.

O vice-presidente do grupo parlamentar do PS destacou, igualmente, que a sinalização existente “é limitada” e está “apenas em língua portuguesa, dificultando o entendimento e o cumprimento dos turistas”.

“O que se verifica é que as viaturas rent-a-car continuam a circular livremente até à Lagoa do Fogo, não existindo qualquer fiscalização, nem a presença de autoridades competentes, o que também condiciona a utilização do serviço de Shuttle”, frisou.

Carlos Silva sublinhou que, para que este sistema funcione, o Governo Regional tem de “aumentar a fiscalização e o acompanhamento”, sobretudo “nesta fase inicial, em que é preciso dar informação útil e em língua adequada aos turistas e aos residentes que frequentam o espaço, garanta que o serviço de Shuttle é implementado de forma mais eficaz e eficiente, o que não está a acontecer”.

Refira-se que, uma semana após a implementação deste serviço de Shuttle, desconhece-se qualquer publicação em Jornal Oficial, que regulamente o controlo dos acessos por viaturas à Lagoa do Fogo.

Na Caldeira Velha, ponto de atração turística da Ribeira Grande, os deputados do PS constataram ainda outras limitações, como a existência de vários “trabalhadores a recibo verde”, a necessidade de se efetuar obras de conservação e manutenções mais profundas e a falta de alguns equipamentos”.

“Estes exemplos mostram bem a forma desorganizada e desleixada com que este Governo Regional do PSD-CDS/PP-PPM, apoiado pela IL e pelo Chega, trata o turismo e o ambiente na Região, estando apenas preocupado com a quantidade e não com a qualidade do serviço prestado. Infelizmente, nos últimos dois anos, deixou de existir uma aposta forte na qualificação e sustentabilidade do destino turístico “Açores”, finalizou o vice-presidente do GPPS, Carlos Silva.