“As recentes declarações da Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, sobre a ausência de apoio aos Empresários dos Açores pelos sucessivos aumentos do custo de energia, são uma afronta e uma desconsideração face às enormes dificuldades sentidas pelo tecido empresarial e por muitas instituições da nossa Região”, considerou, esta terça-feira, Carlos Silva.
De acordo com o dirigente do PS/Açores, as declarações de Berta Cabral após ter reunido com a Comissão de Trabalhadores da EDA, além de “não corresponderem à verdade”, desmentem, ainda, “o que foi dito pelo Presidente do Governo Regional, no dia 10 de fevereiro de 2023, após uma visita à Cofaco, na Ribeira Grande”.
“Na ocasião, José Manuel Bolieiro referiu, a respeito do brutal aumento dos custos da energia, que; «Apoios específicos para o aumento da energia, neste momento, o Governo não tem. Estamos a fazer por estas outras vias indiretas e a acompanhar aquela que vai ser a decisão da ERSE [Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos] quanto ao próximo futuro».
Portanto, é falso que as medidas como o “Programa MAIS - de apoio ao incremento salarial” e “redução do IRC” sejam medidas criadas para compensar as empresas pelos aumentos significativos dos custos com a energia, salientou.
Segundo Carlos Silva, membro do Secretariado Regional do PS/Açores, “basta reler, também, a comunicação do Governo dos Açores, do dia 13 de janeiro de 2023, para perceber que o “Programa MAIS - de apoio ao incremento salarial” foi criado exatamente para apoiar as empresas a fazerem face ao aumento de custos com os salários, conforme disposto no seguinte parágrafo: «O Governo dos Açores vai implementar o Programa MAIS, de apoio ao incremento salarial nas empresas, estimando-se que este abranja até 55 mil trabalhadores por conta de outrem na Região, anunciou hoje José Manuel Bolieiro»”.
Mas, prossegue ainda o socialista, a mesma falsidade foi igualmente proferida em relação à “redução do IRC”, visto que as empresas estão a suportar desde janeiro, aumentos superiores a 50%, 60%, em alguns casos, dos custos com energia e podem nem ter resultados positivos para beneficiar de qualquer redução das taxas de IRC (que incidem sobre os lucros).
“Infelizmente, o Governo dos Açores do PSD/CDS/PPM, que conta com o apoio da IL e do CHEGA, continua a iludir os Açorianos com falsas medidas, de forma a tentar disfarçar a sua incapacidade em resolver os problemas reais das famílias e empresas Açorianas”, assegurou o socialista, para manifestar que nesta matéria, tal como em tantas outras, “o Governo Regional de José Manuel Bolieiro tem vindo a revelar-se esgotado e sem medidas que possam efetivamente apoiar quem mais precisa”.