A propósito das recentes declarações da Secretária Regional da Educação e Assuntos Culturais sobre o Museu da Construção Naval de Santo Amaro, a deputada Marta Matos lembra que a reivindicação em relação ao Museu da Construção Naval de Santo Amaro “nunca foi a de mais um museu para o Pico, mas sim a de um quarto polo do Museu do Pico, dedicado à Construção Naval”.

“O que agora esperavam os picoenses em geral, e os santamarenses em particular”, prosseguiu, “era que fossem cumpridas as promessas feitas pela Secretária Regional da Educação e Assuntos Culturais, ou seja, que o Museu de Construção Naval de Santo Amaro arrancaria esta legislatura”.

“Afinal”, salienta a deputada socialista, o que o Governo veio fazer a Santo Amaro do Pico foi servir-se “do trabalho já feito por outros, para não fazer o que lhe compete e o que prometeu”.

Relembrando que a Secretária Regional da Educação e Assuntos Culturais se referiu ao Museu da Construção Naval de Santo Amaro como sendo uma “prioridade”, a parlamentar socialista vincou que este quarto polo deveria “representar todo o conjunto e contar a história da construção naval açoriana, integrando, para esse fim, todas as antigas oficinas existentes na freguesia”.

“Está em execução o terceiro orçamento deste Governo Regional e as verbas para este Museu têm sido zero. Em janeiro foi anunciada uma equipa multidisciplinar para desenhar o projeto, mas onde se encontra esta equipa e onde está este projeto”, questionou a socialista.

Nesse sentido, e para o PS/Açores, este não é o caminho em que “se respeita a memória dos construtores navais açorianos, se valoriza o nosso património e se conta a história da construção naval açoriana, e só não o entende quem não sabe o que faz ou quem não quer fazer”.

“A pergunta impõe-se e repete-se: onde está o trabalho realizado por este Governo para que o Museu da Construção Naval de Santo Amaro seja uma prioridade e avance ainda esta legislatura”, questiona a deputada socialista, Marta Matos.

A construção naval foi em tempos uma das principais atividades industriais da Região e a freguesia de Santo Amaro, na ilha do Pico, afirmou-se como o grande estaleiro naval dos Açores. “É esta memória que deve ser preservada na sua plenitude”, concluiu.