Ana Luísa Luís destacou que o Governo Regional (PSD-CDS/PP-PPM, com o apoio da IL e do Chega), evidencia “falhas grosseiras de planeamento no turismo dos Açores que devem ser corrigidas”, exigindo “maior investimento na sustentabilidade do Turismo dos Açores”.
A deputada socialista falava na cidade da Horta, à saída de uma reunião com a Direção da Associação de Turismo Sustentável do Faial.
Ana Luísa Luís frisou que “existem constrangimentos na gateway do Faial”, mas defendeu que esta “não pode continuar a ser titulada como a causadora de prejuízos à companhia” e defendeu que “é importante a normalização desta rota”, nomeadamente para “evitar os constantes cancelamentos, os problemas com a bagagem e a existência de voos redondos, que prejudicam a imagem do destino”.
“Tem de haver mais planeamento, tem de haver interesse e tem de haver efetivo investimento e isso não está a acontecer. Até porque a execução do Plano de Investimentos deste primeiro trimestre, no que toca ao turismo sustentável, foi de cerca de 10%, ou seja, de apenas 100 mil euros em um milhão de euros previsto”.
A deputada do PS manifestou a sua preocupação com os “investimentos necessários e prioritários”, que “não podem ficar esquecidos” no âmbito do turismo e da sustentabilidade do destino, nomeadamente ao nível das “infraestruturas físicas, manutenção dos trilhos, a abertura de espaços de visitação também em época baixa”.
Ana Luísa Luís alertou que uma privatização da Azores Airlines até 85%, como pretende o Governo Regional, irá “dar pouca margem de manobra para ter uma voz ativa num futuro Conselho de Administração da companhia aérea”.
“O caderno de encargos não nos dá muitas garantias de futuro, quer ao nível da salvaguarda de recursos humanos, quer ao nível da manutenção de rotas, quer ao nível do incremento de rotas, o que não augura nada de bom”, lamentou.
Ana Luísa Luís acusou o Governo Regional de “não acautelar, devidamente, o futuro das ligações entre os Açores e o exterior”, recordando que a SATA “foi criada justamente para permitir aos Açorianos uma maior ligação com o exterior”, sendo esta que garante a mobilidade dos Açorianos, tal como quando a TAP deixou de voar para o Faial.
“É inaceitável que o processo de privatização possa conduzir a que os futuros donos da companhia possam livremente decidir sobre o encerramento das gateways do Faial, Pico e Santa Maria, no que concerne a ligações com o exterior da Região, porque os danos dessa eventual decisão seriam extremamente gravosos e irreversíveis, não só para o desenvolvimento destas ilhas, mas também no processo de coesão e convergência regional”, finalizou a deputada socialista, Ana Luísa Luís.