O PS São Miguel assinalou, esta sexta-feira, as debilidades do terminal de passageiros do Aeroporto de Ponta Delgada para defender a necessidade de obras urgentes nesta infraestrutura.
De acordo com Vítor Fraga, membro do Secretariado do PS São Miguel, esta é uma infraestrutura que se encontra “obsoleta” e que não corresponde “às necessidades que são colocadas, quer no tráfego de passageiros, quer na movimentação de cargas”, carecendo, por isso, “de investimentos imediatos”.
Em declarações à comunicação social no parque de estacionamento do Aeroporto, Vítor Fraga criticou a "arrogância" da empresa cujo diretor do Aeroporto se recusou a reunir com o PS.
“Infelizmente, nós hoje estamos aqui no parque de estacionamento do Aeroporto e não tivemos a oportunidade de reunir com o diretor do Aeroporto de Ponta Delgada”, frisou o socialista, para destacar ser este um tema “que nos deve deixar a todos apreensivos e deve pôr-nos a pensar sobre o papel que este tipo de empresas tem na Região e a forma prepotente e arrogante como se comportam no contexto regional”.
O PS São Miguel, que se fez representar pelo Secretário Coordenador, André Franqueira Rodrigues, pelos dirigentes Vítor Fraga, Cristina Calisto e Ricardo Rodrigues, bem como pelo deputado Carlos Silva, congratulou-se com o recente anúncio de que a ANA pretende investir no Aeroporto de Ponta Delgada, apesar de considerar ser necessário mais.
“Há cerca de um ano e meio que este tipo de anúncio tem vindo a ser feito, mas obra visível não a vemos e é por isso que consideramos ser necessário passar à ação”, reforçou o socialista, para defender a necessidade de se “passar para uma calendarização e objetivar claramente o que é que se pretende fazer no Aeroporto”, com um “plano de desenvolvimento estratégico que seja do conhecimento de todos”.
De acordo com o dirigente socialista, não são aceitáveis “anúncios atrás de anúncios”, sem que haja uma resposta concreta para os problemas que a infraestrutura apresenta e que colocam em causa o desenvolvimento da ilha e da Região, sendo por isso mais que necessária “uma intervenção ativa do Governo Regional”.
“Uma questão que se coloca é se o Governo dos Açores já desenvolveu alguma iniciativa no âmbito daquilo que está previsto no contrato de concessão, que é o estabelecimento de uma parceria pública regional, com a criação de uma entidade que tem a responsabilidade de fazer o acompanhamento, quer do desenvolvimento dos investimentos nas infraestruturas, como das questões de desenvolvimento comercial, na captação de rotas e de novas companhias aéreas e consolidação de companhias aéreas que possam voar para este Aeroporto, bem como nas questões ambientais”, lembrou o socialista.
Na ocasião, Vítor Fraga reforçou a necessidade de passar das palavras aos atos para que o Aeroporto de Ponta Delgada possa dar “uma resposta adequada àquilo que são as necessidades atuais e futuras”.
Questionado pelos jornalistas quanto às taxas de segurança do Aeroporto e às queixas apresentadas pela Ryanair, o socialista destacou ser necessário apurar “o que leva uma companhia aérea a querer abandonar a Região”, para relembrar, ainda, a importância de se aferir “qual o papel do Governo Regional neste processo”.
“Aquilo que o Governo Regional disse foi que a sua parte estava feita, e o que faltava era a parte entre a ANA e a companhia aérea. Então se já está feito, convinha sabermos também o que é que já foi feito e o que é que mais pode ser feito para que a ilha de São Miguel continue dotada de boas acessibilidades que respondam, não só à atração dos turistas para a ilha, mas, também, e sobretudo, para que não haja aqui uma regressão de décadas naquilo que se prende com a acessibilidade e mobilidade dos Açorianos”, assegurou Vítor Fraga, membro do Secretariado do PS São Miguel.
“Tudo o que se puder fazer para tornar o Aeroporto de Ponta Delgada mais competitivo deve ser feito, se for por aí o caminho a seguir nós acompanhamos essa pretensão de baixar a taxa de segurança, só que daquilo que são as notícias públicas o grande problema não está na taxa de segurança. Quando se coloca a necessidade de subsidiação de 13 euros por passageiro e quando estamos a falar de uma redução da taxa de segurança de 1,5€ o problema não estará na taxa de segurança”, acrescentou.