O Grupo Parlamentar do PS entregou, no Parlamento dos Açores um requerimento ao Governo Regional, questionando-o para quando está prevista a conclusão das obras na ligação das Furnas à Ribeira Quente, a única via de acesso a esta freguesia.
“O anterior Governo Regional, liderado por Vasco Cordeiro e da responsabilidade do PS, decidiu, em boa hora, a realização um conjunto vasto de intervenções no troço Furnas/Ribeira Quente para melhorar as condições de segurança e da circulação automóvel naquela via”, recordou o vice-presidente do grupo parlamentar do PS.
Carlos Silva lembrou também que foi ainda o Governo Regional do PS que lançou o concurso público para a consolidação dos taludes naquela via, para “reduzir os riscos associados ao deslizamento de terras e queda de blocos”, que se registam com frequência, naquela zona, uma obra já adjudicada pelo atual Governo de coligação “PSD-CDS/PP-PPM, apoiado pela IL e pelo Chega” e que deveria ter sido concluída até outubro de 2022.
“A conclusão desta empreitada é de notória importância e isso mesmo foi ainda recentemente evidenciado pelas derrocadas ocorridas em junho passado, nas quais o semi-túnel, ainda em conclusão, permitiu salvaguardar e proteger o acesso, bem com pessoas e bens”, salientou o deputado.
Carlos Silva realçou que, face a este “atraso de muitos meses na empreitada”, se tivesse sido cumprido o prazo inicial, esta estaria concluída antes da mais recente derrocada, pelo que o Governo Regional da coligação deve esclarecer “qual é o cronograma da obra e qual o novo prazo estimado para a conclusão das obras”.
“Mas há outras questões que se impõem. Porque é que há um atraso superior a 270 dias na conclusão da empreitada no troço Furnas/Ribeira Quente? Foi realizado algum pedido de prorrogação de prazos? Será que o Governo Regional teve ou tem pagamentos em atraso relativos a esta empreitada? Após ter anunciado publicamente, este Governo Regional já realizou alguma diligência para prolongar o semi-túnel na estrada de acesso à Ribeira Quente? Estas são questões que se impõem e para as quais não temos respostas”, finalizou o vice-presidente do grupo parlamentar do PS.