O Partido Socialista da Praia da Vitória defendeu hoje que a Presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória deve apresentar a sua demissão e espoletar todos os procedimentos necessários para novo processo eleitoral autárquico, dando a palavra aos Praienses.
Segundo Berto Messias, Vereador do Partido Socialista na Câmara Municipal da Praia da Vitória, “tendo em conta a decisão da Presidente da Câmara Municipal de avançar para uma primeira fase de 37 despedimentos na Cooperativa Praia Cultural, à revelia dos órgãos autárquicos locais, a reunião de Câmara e a Assembleia Municipal, tendo em conta a insensibilidade social atroz demonstrada de mandar para o desemprego 37 funcionários, depois de uma primeira fase de cerca de 30 rescisões por alegado mútuo acordo em que essas pessoas foram pressionadas e chantageadas a assinar rescisões, depois de um processo muito mal conduzido e pouco debatido, em que até um piquete da Policia de Segurança Pública foi chamado para a porta do edifício municipal onde os despedimentos foram anunciados, tendo em conta a total falta de transparência deste processo, tendo em conta a insensibilidade social da Presidente da Câmara, ao mandar para o desemprego tantas famílias, num momento social e económico de tanta exigência, e tendo em conta a degradação política que se vive no Concelho, a Senhora Presidente deve demitir-se e permitir que os Praienses sufraguem estas opções políticas, que não constavam no programa eleitoral apresentado pela coligação nas ultimas eleições autárquicas”.
Segundo o Vereador e dirigente socialista, “todas as semanas sabemos de episódios que evidenciam a degradação e fragilidade deste executivo, que empurram a Praia da Vitória para uma perspetiva de falta de futuro e de ambição, que muito nos preocupa. É por isso tempo de haver eleições e de permitir que os Praienses se pronunciem sobre estas opções porque, em nenhum momento na campanha eleitoral, a atual Presidente da Câmara Municipal, referiu que tomaria estas medidas e não é sério afirmar que desconhecia a situação financeira do Município. As contas municipais são públicas, debatidas anualmente nas Assembleias Municipais e, por isso, não existem situações desconhecidas ou que possam surpreender”.
“Da mesma forma que afirmar que não tem condições financeiras para pagar os ordenados é uma falsidade. Então porque não pode pagar ordenados em 2023, se os pagou em 2022?. A prioridade deveria ser reorganizar recursos com base no plano de ação para o futuro, definindo que não permitiria qualquer despedimento, mas sim a valorização dos recursos humanos que tanto têm dado ao Concelho”, refere Berto Messias.
“Além da forma lamentável como todo este processo está a ser conduzido desde o início, é também evidente a incapacidade da Presidente da Câmara de implementar um plano estratégico de futuro para o nosso Concelho, basta ver os fundos externos que já foram perdidos, quer através da incapacidade de aproveitar os fundos disponíveis no Plano de Recuperação e Resiliência ou os investimentos acertados e protocolados com executivos anteriores com o Governo da República e Governo Regional que permitiam trazer para a Praia valores significativos, mas que por incapacidade de ação da Câmara Municipal, não se concretizaram”, defende Berto Messias.