O Presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro, alertou para a crescente “ausência e passividade” do Governo Regional do PSD/CDS-PP/PPM na resposta a instituições como a Santa Casa da Misericórdia da Povoação ou a Cooperativa Celeiro da Terra, salientando, a esse respeito, a necessidade de “uma maior rapidez de decisão”.
Segundo Vasco Cordeiro, que esteve esta quarta-feira na Povoação, a Santa Casa da Misericórdia e respetiva ampliação do Lar de Idosos, é um bom exemplo “da falta de resposta célere e adequada”.
“Este projeto não é novo, vem na sequência, aliás, daquele que foi um esforço de investimento dos Governos Regionais do Partido Socialista, na duplicação da capacidade de resposta do Lar de Idosos da Povoação, mas que neste momento se afigura como necessário, na freguesia de Furnas, criar esse tipo de valência”, defendeu o socialista, para destacar que o assunto “não tem tido a resposta célere que nos parece que seria a adequada”.
Já em relação à Cooperativa Celeiro da Terra, o Presidente do PS/Açores e líder parlamentar do PS no Parlamento regional, mencionou o protocolo assinado com o Governo Regional, da responsabilidade do Partido Socialista, para que a instituição “continuasse a desenvolver a sua atividade”, reforçando que a mesma tem sido, atualmente, “confrontada com um conjunto de silêncios e omissões por parte deste Governo Regional”.
Na ocasião, o líder socialista destacou ainda alguns exemplos, na área social, aos quais se afigura imprescindível dar resposta, nomeadamente ao nível da “segunda fase do Centro Intergeracional de Vila Franca do Campo, do Centro Intergeracional dos Fenais da Luz, na ampliação do Lar de Idosos de Vila de Porto, em Santa Maria, e na ampliação das instalações da APADIF, no Faial”.
“Há uma falta de investimento naquilo que tem a ver com a ampliação das respostas em termos de Lar de Idosos”, frisou o socialista, para salientar que nessa matéria, o projeto Novos Idosos, “apesar de bom, não resolve todas as situações”.
Para Vasco Cordeiro, há ainda um conjunto de medidas que têm sido tomadas que ficam aquém do que se torna necessário para fazer face àquilo que as famílias sentem neste momento: “Fala-se da baixa de impostos, mas é preciso não esquecer que este Governo baixou impostos às famílias que mais ganhavam, a situação agravou-se e, portanto, é necessário fazer chegar esse apoio a um maior número de famílias. Fala-se da gratuitidade das creches, mas é preciso não esquecer que este esforço de garantir creches gratuitas é assumido pelo Governo da República. Também tenho ouvido a questão do mecanismo que o Governo Regional criou para ajudar as famílias a fazer face ao aumento dos custos com os empréstimos à habitação, é preciso não esquecer que das 1.800 famílias que, segundo os cálculos do Banco de Portugal, se estima que estejam numa situação já de extrema dificuldade nos Açores, por causa da subida dos juros dos empréstimos à habitação, só foram apoiadas à volta das 170”, referiu.
A esse propósito, o Presidente do PS/Açores referiu, ainda, que as circunstâncias hoje se alteraram: “Há medidas que são tomadas que respondem a um determinado momento, mas a realidade vai evoluindo. E o que se sente é que as medidas que foram tomadas há algum tempo já não dão resposta à realidade que se vive atualmente”.
Na ocasião, e questionado pelos jornalistas quanto às críticas de intranquilidade apontadas pelo PSD, Vasco Cordeiro considerou que a questão principal é a das famílias que precisam de ajuda “para fazer face ao aumento dos créditos à habitação, para alimentação e por causa de creches”, mas, a isso, “o Governo Regional responde com Vasco Cordeiro. Julgo que para uma família que tem dificuldades em pagar o crédito à habitação, a questão principal é a de ter um Governo capaz de criar respostas, de pô-las a funcionar e dar alívio a essa família”.