O deputado do Grupo Parlamentar do Partido Socialista dos Açores, Mário Tomé, manifestou “sérias preocupações” com o estado de manutenção dos caminhos rurais e florestais na Ilha do Pico, apontando para uma “discrepância entre os anúncios feitos e a realidade no terreno”.
Mário Tomé, em requerimento entregue esta segunda-feira na Assembleia Legislativa Regional, enfatizou que as vias de comunicação desempenham um “papel fundamental” no desenvolvimento das atividades económicas locais e na sustentabilidade das mesmas. No entanto, observou que os caminhos rurais e florestais da Ilha do Pico têm sido alvo de muitas promessas, mas carecem de manutenção adequada.
“Os agricultores, que todos os dias veem os custos à produção aumentarem de uma forma drástica, com valores mais elevados que noutras ilhas, e que trabalham com margens mínimas circulando todos os dias nestes caminhos, transmitem-nos o seu desalento e desânimo perante situações também de custos adicionais com a manutenção das suas viaturas, em virtude do estado de degradação das vias”, explicou.
Um caso concreto mencionado por Mário Tomé foi o do Caminho Rural da Rosada, que, após anos de controvérsias, viu-se atrasado na sua conclusão. “Este caminho é crucial para abranger mais explorações agrícolas e reduzir os custos de produção, mas, apesar de resolvida a disputa entre proprietários de terrenos, e passados três anos de governo da coligação PSD/CDP-PP/PPM, persistem e continuam por resolver vários problemas existentes no referido caminho e nos caminhos rurais na Ilha do Pico”, disse.
Por conseguinte, o Grupo Parlamentar do PS Açores apresentou um requerimento ao Governo Regional dos Açores com duas perguntas específicas: qual a razão pela qual o Caminho da Rosada, na freguesia das Ribeiras, Concelho das Lajes do Pico, ainda não estar concluído, quando falta apenas uma pequena extensão para a sua conclusão e saber a extensão dos caminhos recuperados pelo Serviço Florestal do Pico nos últimos três anos e quais são as vias degradadas que o Governo pretende reabilitar em 2023.
O deputado Mário Tomé ressaltou a importância dessas questões para o desenvolvimento económico e bem-estar dos habitantes da Ilha do Pico, e espera uma resposta adequada por parte do Governo Regional para resolver esta situação “crítica” nos caminhos rurais e florestais da região.