Berto Messias realçou que esta semana que findou “mostra bem a postura da coligação de governo PSD-CDS-PPM que governa atualmente a Região”.
“Na mesma semana tivemos três episódios bem demonstrativos do estado lastimável a que chegaram as nossas instituições democráticas e da forma como o Governo e a coligação impõem a sua vontade e censuram quem deles discorda”, frisou o Vice-presidente do PS Açores.
Berto Messias considerou que as declarações do Vice-Presidente do Governo (Artur Lima) sobre as justas e legítimas reivindicações das Amas dos Açores são “inaceitáveis e demonstrativas de uma arrogância sem precedentes”, quando diz que as Amas dos Açores “estão muito reivindicativas”, que “não têm nenhuma razão de queixa” e que se preocupem em “fazer bem o seu trabalho”.
O dirigente socialista sublinhou que, também esta semana, a coligação chumbou a presença da Secretária Regional da Saúde (Mónica Seidi) e do Presidente do Conselho de Administração do Hospital da Ilha Terceira (HSEIT) na Comissão de Assuntos Sociais para esclarecer as suspeitas de abuso de poder e favorecimento pessoal à ex-diretora clínica do HSEIT por parte do Conselho de Administração daquela unidade hospitalar, um caso que foi tornado público na comunicação social.
“Ontem, tivemos conhecimento que além da Secretária Regional dos Transportes, Berta Cabral, se ter recusado a estar presente num programa especial de debate sobre o modelo de transportes dos Açores, a Portos dos Açores proibiu nesse programa a presença de Dr. Machado da Luz, quadro superior daquela empresa”, lamentou.
Berto Messias considerou que estes momentos desta semana “reconfirmam esta postura arrogante, de censura e de falta de transparência e de disponibilidade para debater, esclarecer e explicar”, facto que “muito lamentamos”.
“Nunca tal se viu na história recente dos Açores. Está em causa o normal funcionamento das instituições e o respeito democrático pelos intervenientes no debate público na nossa Região”, finalizou o Vice-presidente do PS/Açores, Berto Messias.