Tiago Branco realçou, esta quarta-feira, que as propostas do Plano e Orçamento do Governo dos Açores para 2024 “não são credíveis, nem dão as necessárias respostas às famílias e às empresas Açorianas e não promovem o desenvolvimento sustentável do Turismo dos Açores”.
O parlamentar socialista, eleito pela ilha do Faial, falava à saída de uma reunião com a Associação de Turismo Sustentável do Faial, no Parlamento dos Açores, na cidade da Horta.
Tiago Branco salientou que a postura deste Governo de coligação (PSD/CDS-PP/PPM) “não surpreende”, uma vez que o Executivo de José Manuel Bolieiro “vem dizer ano após ano que vai fazer agora o que não fez nem três anos, em todas as áreas governativas”.
O deputado do PS salientou que a “fraca execução e os incumprimentos sistemáticos de anos anteriores não dão respostas às expectativas dos empresários do setor turístico dos Açores”, nem dos investimentos que “realizaram, que estão a realizar ou os projetos para o futuro”, caindo até no “ridículo de desperdiçar as oportunidades que os fundos comunitários colocam à disposição dos Açores e que não estão a ser aproveitados”.
Tiago Branco frisou que há uma degradação acentuada da situação económica, social e financeira da Região nos últimos três anos, recordando que o PS “tem vindo a alertar para o caminho que estávamos a seguir”, que “pode comprometer o futuro dos Açores”.
O socialista acusou o Governo Regional de “não acautelar a mobilidade aérea dos Açorianos e do próprio futuro do turismo dos Açores”.
Tiago Branco exemplificou com a “redução drástica da operação de Ryanair para os Açores” que “impacta todas as ilhas”, mas também com o “processo de privatização da Azores Airlines até 85%”, que não acautela a continuidade da empresa nos Açores no longo prazo.
Outro exemplo, concretizou, é que o Governo Regional “ignora o processo de privatização em curso da TAP, que também faz ligações para os Açores”, desconhecendo-se os “impactos que isso terá no turismo dos Açores e a mobilidade dos Açorianos”.
Tiago Branco sublinhou que, para as ilhas do Faial e Pico, há uma “expectativa de reforço da oferta de voos e não de redução”, sobretudo nos meses de época alta, criticando a “falta de respostas cabais da SATA, quando a procura assim o exige”.
“Com este Plano e Orçamento, o Governo Regional apresenta-se de braços caídos e inoperante face aos desafios do presente e do futuro, não tem credibilidade, está desfasado da realidade e não dá resposta às necessidades dos Açorianos. Apesar das sucessivas promessas e desculpas do Governo, todos percebemos que este Plano e Orçamento para 2024 não tem credibilidade, porque nem os deputados nem os Açorianos podem acreditar que agora é que vai ser”, finalizou o deputado do PS, Tiago Branco.