José Ávila acusou, esta quarta-feira, o Governo Regional do PSD/CDS/PPM de “não resolver os desafios que se colocam à ilha Graciosa, nem nestes três anos, nem com a sua proposta de Orçamento para 2024”, frisando que a Graciosa “regrediu nos últimos três anos”.
O deputado do PS, eleito pela ilha Graciosa, falava no Parlamento dos Açores, na discussão do Plano e Orçamento para 2024, salientando que “o que realmente faz a diferença entre o sucesso e o fracasso é a execução” e que é da “falta de execução que os Graciosenses se queixam”.
José Ávila elencou questões que o Governo Regional “não resolveu e deixou avolumar na ilha Graciosa”, exemplificando com o “bloqueio no apoio às empresas durante 2 anos, as falhas de apoios a associações de interesses económicos, clubes e coletividades culturais”.
Na Saúde, José Ávila denunciou que “existem duas listas de espera de acesso às consultas de medicina geral e familiar na Graciosa”, uma “oficial, integrada no sistema informático, mais curtinha” e outra “real e mais longa, que existe numa folha de excel, que o Governo tenta esconder”.
Esta situação irá “agravar-se”, uma vez que “faltam médicos de medicina geral e familiar” e, no final deste mês, “irá sair um médico e no próximo mais um, o que quer dizer que terminamos este ano apenas com dois médicos”, sublinhou.
O deputado do PS lembrou, igualmente, que as escolas da Graciosa estão com “falta de pessoal e de material para alunos e professores” e que foi este Governo do PSD/CDS/PPM que “fechou o ensino pré-escolar privado a crianças de 4 e 5 anos e, com isso, sobrelotou a escola do 1º ciclo de Santa Cruz, ignorando os apelos dos pais e encarregados e da administração escolar”.
No Turismo, José Ávila acusou o Governo Regional de “anunciar voos e mais voos no período de verão”, embora tenha “suprimido mais de 40 voos nesse mesmo período”, sendo “incapaz de garantir o rápido acesso ao mercado do peixe fresco da Graciosa”.
José Ávila recordou que este Governo Regional do PSD/CDS/PPM que “abriu o mar da Graciosa a embarcações de pesca de outros portos e, com isso, criou uma série de problemas sociais” e que “acabou com o transporte marítimo de passageiros entre todas as ilhas”, tendo também “descontinuado os encaminhamentos de passageiros aéreos não residentes”.
“Este Governo Regional acabou com os programas ocupacionais e ficou impávido e sereno enquanto os preços do leite e da carne desciam e os fatores de produção subiam”, denunciou.
José Ávila lembrou que, apesar do Presidente do Governo ter garantido que isso não ia acontecer, a Graciosa “perdeu, em favor de outros, dois projetos de base tecnológica, nomeadamente as instalações de um sensor, do programa operacional europeu SST, para rastrear objetos no espaço e uma antena para monitorizar os satélites da operadora Hispasat”, o que “representava investimento e, mais importante ainda, emprego”.
“O Orçamento do Governo PSD/CDS/PPM, em ano eleitoral, que parece prometer tudo a todos, não dá respostas ao que a maioria dos Graciosenses espera nas áreas da Saúde, da Habitação, dos transportes marítimos, da Cultura e do Desporto. Também não dá resposta aos desafios que a Graciosa enfrenta na Agricultura, nas Pescas e no Turismo, pilares fundamentais da economia da ilha Graciosa”, salientou o deputado do PS eleito pela ilha Graciosa, José Ávila.