Vasco Cordeiro salientou a necessidade de “recuperar a Confiança dos Açorianos nos Açores” e garantiu que se candidata a Presidente do Governo Regional com “um projeto de Confiança ao serviço de uma Região melhor e com um melhor futuro”.
O Presidente do PS/Açores interveio no 24º Congresso do Partido Socialista, em Lisboa, assegurando que o que o motiva “não é um acerto de contas com 2020”, mas sim o “futuro dos Açores”.
“Candidato-me por causa daquilo que fiz como Presidente do Governo Regional e daquilo que aprendi como líder da oposição”, reforçou o candidato às eleições Regionais do próximo dia 4 de fevereiro.
Vasco Cordeiro afirmou partilhar da visão do novo Secretário-Geral do PS, Pedro Nuno Santos, de um “Portugal inteiro”, que considerou ser uma visão “global e integrada da diversidade do nosso território”, que “tem em atenção as zonas mais deprimidas do ponto de vista demográfico, mais afastadas dos grandes centros, aquelas que necessitam de um olhar específico”.
A esse respeito, Vasco Cordeiro lembrou que a Moção Global de Estratégia apresentada por Pedro Nuno Santos “contém o compromisso de aprofundamento das Autonomias regionais no quadro de uma revisão Constitucional”, abordando “matérias que se arrastam há muito tempo”, como a “extinção da figura do Representante da República” ou as “questões relativas ao Mar dos Açores, o compromisso quanto à revisão da Lei de Finanças Regionais, o reforço do papel das regiões autónomas em matéria de segurança e justiça e as acessibilidades digitais, através da questão dos cabos submarinos, tão premente e tão necessária”.
Perante a perspetiva das eleições para a Assembleia da República (marcadas para 10 de março), Vasco Cordeiro recordou que, nos Açores, o PSD “jurou que nunca se aliaria ao Chega”, o que aconteceu “logo a seguir às eleições Regionais de 2020”.
“Aliaram-se, uniram-se e o Governo dos Açores da coligação PSD/CDS/PPM deu guarida política e institucional à extrema-direita no nosso país. Aquilo que aconteceu nos Açores é a antevisão daquilo que acontecerá no país, se o PSD ganhar as eleições a 10 de março”, alertou.
“A coligação de direita fez juras à estabilidade, mas nem aguentaram três anos. A queda do Governo Regional do PSD/CDS/PPM não é por culpa do PS, mas sim por culpa da sua incapacidade de cumprir compromissos, da sua incapacidade de colocar os interesses dos Açores à frente de todos os outros”, destacou.
“Os partidos da direita, incluindo a extrema-direita, encheram a boca com o libertar da sociedade civil, com um Governo pequeno e comedido, com uma gestão rigorosa das finanças públicas. Mas aquilo que proporcionaram aos Açores foi o maior Governo de sempre da Autonomia regional, as tentativas de controlar a comunicação social através da associação de atribuição de apoios públicos a uma percentagem do pagamento do salário de jornalistas”, frisou.
Vasco Cordeiro recordou que “aquilo que uniu os partidos políticos da direita nos Açores foi o objetivo de afastar o PS do Governo Regional” e não um “qualquer projeto de futuro para os Açores”, com resultados que “estão à vista”, como a “degradação financeira, económica e social dos Açores, o crescimento da dívida pública e do défice sem paralelo, os atrasos de pagamentos a fornecedores e apoios à atividade económica”.
“Tenho a Esperança e a Confiança que, após o dia 10 de março, com o Primeiro-Ministro Pedro Nuno Santos, terei muito trabalho, num clima de entendimento e de diálogo para levar os Açores para a frente. Porque levar os Açores para a frente é também levar Portugal para a frente”, finalizou Vasco Cordeiro.