Carlos César relembrou, este domingo, que ao fim de três anos de governo da coligação PSD/CDS/PPM, “nenhum Açoriano pode reconhecer progressos ou melhorias”, lamentando a “falta de investimento e de inovação” de um executivo que foi, desde o início, “imprevidente na gestão orçamental e incumpridor dos seus compromissos”.
Segundo o Presidente do Partido Socialista e Mandatário Regional da candidatura do PS/Açores às eleições legislativas Regionais do próximo dia 4 de fevereiro, este foi mesmo “o Governo mais fraco e sem orientação desde o início da Autonomia”.
“Infelizmente, o que aconteceu nos Açores nestes últimos três anos, pouco mais foi do que alimentar e alojar clientelas partidárias, em toda a parte onde o puderam fazer”, frisou o Presidente do PS, referindo-se “às centenas de nomeações políticas em troca do afastamento, sem escrúpulo nem critério, de pessoas competentes e dedicadas à nossa Região e ao serviço público”.
Para Carlos César, que intervinha na sessão de apresentação dos candidatos pelo círculo eleitoral de São Miguel e do Programa Eleitoral às Regionais 2024, “os Açores precisam de uma governação com qualidade para recuperar o tempo perdido”, ao invés de um Governo que, em três anos, apenas apresentou resultados que derivam, na sua maioria, “de tendências nacionais que repercutem nos planos regionais”.
“O Governo da República do PS subiu o salário mínimo nacional, pagou as creches que agora são gratuitas, aumentou as pensões e os apoios sociais e mesmo os investimentos que avançaram, na maioria dos casos, só aconteceram porque o Governo Regional de Vasco Cordeiro já os tinha preparado ou porque o Governo da República, também do PS, proporcionou à Região fundos extraordinários para o efeito”, exemplificou.
Segundo o Presidente Carlos César, o governo da coligação PSD/CDS/PPM tem uma “má relação com a verdade”, mesmo quando avalia o seu próprio trabalho.
“O crescimento económico está em linha com a média nacional, apesar da Região ter crescido menos, quando comparada com regiões que também tiveram o aumento do Turismo, como o Algarve, a Madeira ou Lisboa. A descida do IRS, por exemplo, aconteceu por decisão nacional e só foi possível ter menos 30% na Região, porque essa possibilidade foi consagrada em lei aprovada pelo PS, nos Açores e na República”, frisou o Presidente do PS, que salientou que foi “com os Governos do PS que a Região deixou de ser a mais pobre e desigual do país”, tendo agora “voltado ao último lugar”.
“A diminuição do número de beneficiários do RSI mais não é do que um pagamento da negociação feita com o Chega” e o “aumento do abandono escolar precoce, a acumulação de prejuízos da SATA, o prolongamento do pagamento a fornecedores, o descontrolo da dívida pública, o crescimento do número de sem-abrigo ou de fenómenos como a droga” são “dificuldades a superar”.
“Os Açores não podem continuar a ficar para trás. Precisamos de ser mais fortes para podermos enfrentar os tempos difíceis que podem chegar. Precisamos usar melhor as nossas competências Autonómicas e os nossos recursos. Precisamos que os Açorianos se sintam mais próximos do seu Governo e mais realizados neste democracia que temos. E isso, só o PS pode garantir”, salientou o Presidente Honorário do PS/Açores, Carlos César.