Derrapagem nas obras do Mercado da Graça pode chegar aos quatro milhões de euros, afirmam socialistas

PS Açores - 24 de janeiro

Os Vereadores do PS à Câmara Municipal de Ponta Delgada manifestaram a sua preocupação com a derrapagem na execução das obras do Mercado da Graça. Segundo os socialistas, o somatório dos atrasos pela suspensão, correções do projeto, a resolução da anterior empreitada e lançamento de uma nova e respetivas indemnizações ao empreiteiro, fiscalização e comerciantes do mercado, “poderão atingir os quatro milhões de euros”.

Durante a última reunião autárquica, os Vereadores do PS destacaram o atraso na conclusão da obra que, na melhor das hipóteses, só estará concluída em finais de 2024.

“A obra consignada e iniciada em setembro de 2021, estava orçada em 1.2 milhões de euros, estando a sua conclusão prevista para agosto de 2022 e, mais tarde, para o ano seguinte, devido à necessária correção do projeto”, referiu o Vereador André Viveiros, para lamentar que agora “as mesmas venham a atingir um custo total para o município de cerca de quatro milhões de euros”.

Na ocasião, André Viveiros referiu ainda a indemnização devida aos comerciantes do Mercado da Graça que já fizeram saber “ser insuficiente para compensar os prejuízos verificados na sua atividade”, mencionando, ainda, a perda de receitas por parte da Câmara Municipal, provenientes do parque de estacionamento onde agora funciona o mercado.

Para o Vereador socialista, a estes custos devem ainda somar-se “as perdas de receitas de rendas dos inquilinos por mais de três anos, bem como os custos que terá de pagar à concessionária pelo aluguer, pelo mesmo tempo, do parque de estacionamento”.

“A estes, devem ainda somar-se os prejuízos na promoção turística da cidade e do concelho, que decorrem do facto do Mercado da Graça ser um ponto de referência para quem nos visita e prejuízos para os comerciantes da baixa, que ficaram sem o parque de estacionamento”, defendeu o socialista, para salientar que infelizmente também os comerciantes do Mercado continuarão a sofrer prejuízos, na medida “em que continuarão a registar perdas, até os clientes retomarem o hábito de voltarem a fazer as suas compras naquele espaço”.