André Franqueira Rodrigues realçou que a Região “precisa de uma ação política e institucional forte, coesa e permanente” de “afirmação dos Açores na União Europeia”.
O deputado do PS e candidato a eurodeputado nas eleições europeias do próximo dia 9 de junho falava na discussão do Plano e Orçamento para 2024, na cidade da Horta, salientando que o Governo Regional “precisa de demonstrar resultados”.
“A área das Relações Externas necessita, desesperadamente, não de mais verbas inscritas no Plano e Orçamento mas, sobretudo de uma visão e atuação político-institucional capaz e representativa do trajeto e da história de afirmação dos Açores na União Europeia”, afirmou.
André Franqueira Rodrigues destacou que, nos últimos anos, nas relações da Região com a União Europeia, com os parceiros regionais na Europa, ou mesmo com as Instituições Europeias, a “sub-representação foi a regra”, sempre “mais assente na confiança nos negócios privados internos do que numa ação política diligente e substantiva em prol dos Açores”, levando a uma “falta de eficiência na captação de investimento externo”.
“Na relação com os EUA ou com as demais comunidades Açorianas no mundo e seus respetivos países de acolhimento, falhou uma visão integrada da promoção dos interesses de investimento na nossa Região”, acrescentou o parlamentar socialista.
André Franqueira Rodrigues acusou a liderança da coligação PSD/CDS/PPM de “não atuar e não aparecer”, limitando-se a “delegar”, lembrando que a defesa da nossa Região na União Europeia “faz-se todos os dias, seja nos Açores, em Bruxelas ou em Estrasburgo”.
O deputado do PS recordou que os Governos Regionais do PS obtiveram, tanto na execução dos fundos comunitários, como na sua atuação constante junto das instituições comunitárias, “os maiores reconhecimentos”, inclusive do então Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, enquanto o Governo Regional da coligação “continua a receber alertas internos de atrasos na execução, a não cumprir metas e calendários”.
Para André Franqueira Rodrigues, a ultraperiferia dos Açores “não pode ser condição apenas de exigência, tem de ser condição de pertença, de participação, de execução”, até porque, a breve trecho “começarão as primeiras conversas sobre o próximo Quadro Financeiro Plurianual pós-2027 e importantes discussões sobre o futuro da Política de Coesão”.
O deputado socialista sublinhou que é “verdadeiramente crítico” acelerar a transição digital na economia dos Açores para que a Região “não fique mais isolada do que dita a sua geografia”, criticando, ainda “o silêncio do Governo Regional para os empresários e parceiros sociais”, que reclamam por uma “entidade que articule a atuação e a captação de investimento externo”.
"O PS/Açores tem um legado e um património histórico de defesa de uma política de coesão de apoio às nossas infraestruturas, impulsionadora do nosso desenvolvimento, que seja um verdadeiro fator de coesão económica, social e territorial. Promovemos sempre a articulação com todos os partidos representados na Assembleia Regional quando o que estava em causa eram os interesses dos Açores. Estamos, por isso, prontos para ajudar o Governo dos Açores nessas importantes conversações, em prol da nossa Região”, assegurou André Franqueira Rodrigues.