O Presidente do PS/Açores alertou, esta segunda-feira, para a falta de estratégia do Governo Regional do PSD/CDS-PP/PPM para a ilha Graciosa, lamentando, a esse propósito, que o Plano de Investimentos para 2025 só contemple obras “que já estavam anteriormente anunciadas”.

“Registamos o empenho dos empresários Graciosenses em continuar a produzir riqueza e criar emprego na ilha, mas, o Governo, por outro lado, parece ter deixado a Graciosa ao abandono”, lamentou o líder socialista.

Francisco César, que falava à margem de uma reunião com os representantes dos empresários Graciosenses, referiu que além da falta de pagamento do Governo a diversos setores da economia local, o executivo falha ainda na criação de uma estratégia para “a formação profissional, para a diversificação da economia, para atrair mais empresas da área da tecnologia e da área das ciências ligadas ao mar, por exemplo”.

“Parece-me que o Governo se limita a cumprir calendário”, condenou o socialista, para salientar que em relação à realização de obras na ilha Graciosa se coloca no Plano de Investimentos “o mesmo que se colocou no ano anterior” e que apesar da persistência dos empresários, “o Governo quase que amarra a ilha e não a deixa avançar”.

A título de exemplo, Francisco César referiu-se ao setor do turismo para alertar para o aumento da sazonalidade, frisando que “até junho deste ano, nós estamos muito abaixo de 2019”, o que é revelador de que o turismo não está melhor. “Está pior do que no passado e porque nada foi feito nessa matéria”.

Ainda a propósito da sazonalidade, o Presidente do PS/Açores referiu a importância de, na época baixa, se conseguir fazer a divulgação e promoção das ilhas mais pequenas por considerar que “se queremos uma economia que floresça, que consiga dar serviços, ou que seja atrativa para quem nos visita, temos de conseguir combater exatamente o problema da sazonalidade”.

Na ocasião, Francisco César mencionou ainda a falta de trabalho diferenciado ao nível da construção civil, nomeadamente de alvenaria, eletricistas e carpinteiros, para salientar a necessidade de se ter uma estratégia de criação de cursos profissionais, “que possam dar respostas não só aqui na ilha Graciosa, mas em todas as ilhas de menor”.

“Se queremos ter uma Região em que todas as ilhas acrescentem ao todo regional, devemos olhar para todas como algo em que devemos investir, trabalhar e diversificar a economia. É para isso que um Governo deve trabalhar, no sentido de avançar”, finalizou o socialista.