O deputado do Grupo Parlamentar do PS/Açores (GPPS) eleito pela ilha de Santa Maria, João Vasco Costa, mostrou esta quinta-feira, a indignação do partido com a “insensibilidade” do Governo Regional face às dificuldades financeiras dos clubes desportivos, que aguardam há demasiado tempo pelos apoios previstos nos contratos-programa.

João Vasco Costa, acompanhado pela deputada Joana Pombo Tavares, falava à margem de uma reunião com o Clube Desportivo “os Marienses”, instituição que tem reclamado de dificuldades financeiras para fazer face aos compromissos competitivos regionais e nacionais nas diversas modalidades desportivas que representam.

“O Governo é insensível às dificuldades dos clubes desportivos que correm o sério risco de verem comprometidas as suas participações em competições de âmbito nacional e regional por não conseguirem assegurar as respetivas deslocações por falta de verbas”, manifestou.

“Aquilo que o Governo fez foi pagar 10%, ou nem isso, daquilo que é o contrato-programa que assinou com o clube para várias modalidades”, acrescentou o deputado.

Segundo o socialista, “ainda falta receber uma grande fatia da verba que o clube deveria ter recebido em julho, referente à época 2023/2024, e relativamente à época 2024/2025, o apoio que era suposto terem recebido em outubro ou novembro, neste momento, receberam uma ínfima parte daquilo que é habitual”.

O deputado sublinhou que “cada deslocação que o Clube Desportivo ‘os Marienses’ faz ao continente tem um custo aproximado de 4.500 euros”, acrescentando que, no caso daquele clube em concreto, “tiveram a sorte de ver a autarquia de Vila do Porto avançar com 80% do valor do apoio previsto para 2025 para lhes permitir efetuar as deslocações previstas ainda para este ano”.

“É preocupante para o Grupo Parlamentar do PS/Açores perceber que as atividades desportivas correm o sério risco de acabar por falta de cumprimento do Executivo com os seus compromissos, o que é inaceitável, sendo o desporto uma atividade fundamental para os nossos jovens”, remata João Vasco Costa.

“Os clubes e associações que se dedicam sem qualquer remuneração para desenvolver uma atividade desportiva, que é boa para toda a gente, não se podem ver a braços com situações destas, que são lamentáveis”, concluiu João Vasco Costa.