O deputado do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, Berto Messias, lamentou hoje, a postura dos partidos da Coligação PSD e PPM, em articulação com o Chega, ao desrespeitarem mais de mil subscritores de uma Petição intitulada “Não ao uso do glifosato em zonas públicas nos Açores”.

Segundo o socialista, a Comissão de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CAPADS) reuniu esta manhã para apreciar a admissão da referida petição contra o uso de glifosato na Região. “Ficamos perplexos com a postura do PSD, do Chega e do PPM, que votaram contra as propostas de audições que o Partido Socialista apresentou”, revelou.

“É evidente que o PSD está envergonhado com este assunto e claramente não o quer debater, tentando que não haja discussão em torno deste tema ao aliar-se ao Chega na rejeição das audições solicitadas pelo Partido Socialista”, afirmou Berto Messias.

O GPPS propôs que fossem ouvidos alguns especialistas sobre esta matéria, nomeadamente a Dra. Patrícia Garcia, o Dr. Gustavo Tato Borges, da Associação de Médicos de Saúde Pública e o Dr. Dias Pereira, pneumologista, tendo propondo também a audição do Núcleo Regional dos Açores da Liga Portuguesa contra o Cancro, de forma “a aprofundar o seu conhecimento sobre a aplicação do Glifosato nas zonas públicas da nossa Região”, acrescentou Berto Messias.

“Ficamos espantados pelo facto de o PSD e o PPM, em articulação com o Chega, terem rejeitado as nossas propostas e desta forma desrespeitarem os mais de mil subscritores desta petição e não permitirem, assim, um debate mais aprofundado sobre esta matéria”, afirmou.

O parlamentar justifica que a audição destes especialistas e entidades seriam fundamentais para “que o Parlamento possa informar-se melhor sobre os impactos da aplicação do Glifosato em zonas públicas na nossa Região, permitindo assim aferir de uma forma mais consistente os malefícios que isso pode ter ou não para a saúde pública”, sublinhou.

“Lamentamos esta postura do PSD, do PPM, do Chega, que desta forma bloqueiam o debate democrático numa Comissão Parlamentar, numa matéria que é muito importante para os Açorianos e para a nossa saúde pública”, concluiu Berto Messias.

Angra do Heroísmo, 10 de janeiro de 2025