O Partido Socialista dos Açores estranha que a RTP/Açores não tenha ouvido os partidos da oposição à margem da sessão de encerramento do XI Congresso Regional do CDS-PP/A que decorreu, este fim-de-semana, no Auditório da Escola Profissional da Praia da Vitória.

Para o PS/Açores, é ainda de lamentar que na sessão de encerramento a televisão Açoriana, estação de serviço público, sustentada também pelos contribuintes Açorianos, tenha ouvido, simplesmente, o PSD e o PPM, partidos que a par do CDS-PP sustentam o Governo.

Esta prática contraria aquilo que tem sido comum nas sessões de encerramento dos Congressos partidários, em que todos os representantes presentes são ouvidos à margem do evento, contribuindo, assim, para o esclarecimento, para a dialética e para a transparência do debate político junto dos telespectadores.

Assim foi, como é normal, feito o contraditório, no último Congresso do PS/Açores, realizado em setembro do ano passado, tal como no do PSD/A, realizado pela mesma altura.

A justificação costumeira, neste caso, da inexistência de meios, não colhe, uma vez que os recursos necessários para ouvir os partidos da oposição são os mesmos que foram utilizados para ouvir o PSD e o PPM; e que esses já se encontravam disponíveis no espaço, e, além do mais, todas as pessoas que poderiam ser ouvidas estavam na mesma sala, não sendo necessária qualquer deslocação. Neste congresso, aliás, houve tempo para tudo, inclusive, para o jornalista da RTP comentar o discurso do presidente do CDS/PP tendo como banda sonora o hino nacional, mas talvez por ser domingo, não houve 10 minutos para ouvir os partidos da oposição, nem em direto, nem para memória futura.

Por tudo isso, o PS/Açores lamenta profundamente esta falta de contraditório e a decisão de não permitir que outros pontos de vista fossem ouvidos, o que empobrece o debate e enfraquece o compromisso com a democracia.