Governo Regional ataca Presidente do PS/Açores para esconder prejuízos da SATA e atrasos nos pagamentos

PS Açores - Há 11 horas

Carlos Silva lamentou, esta terça-feira, que o Secretário Regional das Finanças, Duarte Freitas, não divulgue os prejuízos recorde do grupo SATA, quatro anos depois do início de um processo de reestruturação, “que injetou 453 milhões de euros na companhia, mas gerou 200 milhões de prejuízos”.

Para o socialista, membro do Secretariado Regional do PS/Açores, é ainda de lamentar a situação insustentável a que as finanças públicas regionais estão a chegar, pela mão deste Governo, “quando é o próprio executivo a admitir não ter dinheiro para pagar compromissos assumidos”, ou até mesmo o Presidente do Governo a assumir “que não consegue fazer a manutenção de infraestruturas”.

“As mais recentes declarações de Duarte Freitas são reveladoras de quem vive “num mundo paralelo” e de quem, para além de não conseguir distinguir entre as funções de governante e de dirigente partidário, “é, também, responsável por dívidas e atrasos recorde nos pagamentos às empresas e famílias Açorianas”.

“O importante era que o Secretário Regional das Finanças tivesse aproveitado a oportunidade para dar a conhecer os resultados do grupo SATA em 2024, com prejuízos recorde e com desvios significativos face ao plano de reestruturação, que continua a esconder dos Açorianos”, defendeu o socialista, para acrescentar ser igualmente necessária a divulgação de informação sobre o processo de privatização do grupo SATA.

De acordo com o dirigente socialista, este processo arrasta-se há dois anos e está a ser conduzido de forma “amadora e pouco transparente”.

A esse propósito, Carlos Silva lamenta que Duarte Freitas “não aceite a crítica, que esconda informação do Parlamento e dos Açorianos, que gaste milhões de euros em estudos e em consultoria, e que continue a ser incapaz de decidir e, sobretudo, governar bem e a favor de todos os Açorianos”.

Para Carlos Silva, não basta vir anunciar um novo estudo sobre um plano de privatizações, quando “têm sido tomadas medidas avulso e até encerrado entidades que deixaram um vazio na prestação de serviços públicos”, ou que o Governo, na sua ânsia de satisfazer o CHEGA, “fale em privatizar o IAMA, a Lotaçor, o Teatro Micaelense, a Portos dos Açores, só para citar alguns exemplos, e não explique como, nem como ficarão assegurados os serviços públicos prestados por essas entidades, em setores que enfrentam já grandes dificuldades”.

“O que temos assistido, infelizmente, é à falsa narrativa de poupança em órgãos sociais de entidades do SPER – Setor Público Empresarial Regional, com grande instabilidade na rotação dos mesmos, para depois gastar o dobro ou triplo em nomeações de técnicos especialistas e em consultorias e estudos”, acrescentou.

“O Governo Regional do PSD/CDS/PPM com apoio do CHEGA enferma de um grave problema com o escrutínio e a fiscalização da sua ação, acusando tudo e todos e até ameaçando quem o critica, o que é profundamente condenável”, denunciou Carlos Silva, membro do Secretariado Regional do PS Açores.