Hoje, a Europa vive num autêntico turbilhão, o país vive refém dessa agitação, todos estamos condicionados a viver um dia de cada vez, acorrentados às flutuações dos mercados de capitais.
Hoje, ao ligarmos a TV e ao ouvirmos as noticias vemo-nos obrigados a compreender termos económicos como taxas de juro da divida publica, défice, execução orçamental, entre muitos outros conceitos que, até há bem pouco tempo, eram, para a quase generalidade dos cidadãos, termos estranhos.
Hoje, ficamos a saber que a Irlanda e a Grécia, entre outros países, vivem, não só, momentos de muita instabilidade económica, mas também de instabilidade social e política, e angustiamo-nos ao pensar que essas realidades, que nos entram pela janela da TV, possam, a qualquer momento, acontecer no Terreiro do Paço, ou noutro qualquer local do nosso país.
Hoje, percebemos que foram cometidos erros ao longo das últimas décadas e não precisamos que nos venham apresentar relatórios, aqueles, que sabem apontar o dedo aos outros, mas que são perfeitamente incapazes de assumir as culpas que lhes são, também, atribuídas se quisermos encontrar culpados. Infelizmente, os momentos que vivemos são responsabilidade de todos nós, dos partidos que suportaram os Governos e o poder local, mas também dos partidos da oposição que, mais não souberam, para além de apresentar medidas vãs, assentes num discurso fácil. Hoje, está provado que este não foi o caminho certo e que a culpa pertence a todos nós, pois ao longo dos últimos anos fomos, continuamente, vivendo acima das nossas capacidades, recorrendo ao crédito fácil e ao consumo exacerbado. A verdade é que se, hoje, somos vítimas, somo-lo das nossas opções ao longo dos últimos tempos. Os Antigos foram-nos avisando que o tempo das vacas gordas ia acabar e que um dia teríamos de voltar a poupar e a produzir mais. Hoje, esse tempo chegou…
Hoje, nos Açores, vivemos condicionados pela realidade do País e da Europa, sendo óbvio que se avizinham dias difíceis para o ano de 2011. Todos sabemos que se não pouparmos no presente, não seremos capazes de responder a eventualidades futuras, que se não soubermos gerir bem no presente, não seremos capazes de ultrapassar os obstáculos que possam surgir futuramente.
Em cada casa, um bom Chefe de Família distribui o rendimento familiar de igual forma por todos os elementos da Família, tendo, no entanto, o cuidado de poupar para que uma qualquer adversidade não deixe a família desprovida. Nos Açores, fomos governados nos últimos anos por um Governo que soube gerir de forma eficaz e equilibrada, apostando no investimento, mas acautelando sempre o Futuro. É por essa razão que, hoje, enquanto na Europa se corta no social para assegurar o financiamento da actividade económica, nos Açores corta-se na despesa pública, enquanto na Europa se corta no investimento, nos Açores consegue-se manter os principais investimentos públicos já assumidos.
Hoje, se, nos Açores, conseguimos sobreviver melhor à crise que o resto do País e até do que a Europa, devemo-lo à gestão equilibrada do Governo do Partido Socialista na nossa Região, que nos permite ter um orçamento com elasticidade para responder às dificuldades das Famílias e das Empresas açorianas nesta situação difícil que atravessamos.
Hoje, todos sabemos que não vivemos num oásis, mas também sabemos que vivemos numa região bem governada. Hoje, podemos não ter um orçamento que vá de encontro aos anseios e ambições de todos em particular, pois a verdade é que desejamos sempre mais para a nossa Região, mas, orgulhamo-nos de ter um bom orçamento para os Açorianos!